Domingo, 10 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2024
A Polícia Federal no Rio de Janeiro prendeu na manhã de segunda-feira (16) um cabo da Marinha que é suspeito de ser responsável por operar drones lançadores de granadas para o Comando Vermelho. Ele foi detido em seu posto de trabalho.
A diligência fez parte da Operação Buzz Bomb, que colocou veículos blindados na rua para cumprir dois mandados de prisão preventiva. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro.
A segunda ordem de prisão, de acordo com a corporação, seria cumprida contra um líder do Comando Vermelho. Mas os policiais decidiram não seguir com a ação, pois foram recebidos a tiros no Complexo da Penha, na zona norte.
Segundo a PF, quatro moradores da comunidade foram “atingidos por estilhaços de disparos feitos pelos criminosos, a princípio sem gravidade”. A corporação diz que preferiu não seguir com a diligência nesse momento para “evitar um confronto armado de maiores proporções e preservar a população local”.
As investigações da PF tiveram início depois de um ataque do CV contra milicianos, com o uso de drones com dispensadores de granadas, na comunidade da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio. Ainda segundo a PF, o cabo da Marinha preso na manhã de ontem operou o drone usado no ataque, que ocorreu em 15 de fevereiro. Os equipamentos também eram usados pela facção criminosa para monitorar ações policiais realizadas no Complexo da Penha e em outras áreas dominadas pelo grupo.
O nome da ofensiva, segundo a Polícia Federal, remete à história dos drones, “que surgiram como uma inspiração em bombas voadoras alemãs conhecidas como buzz bombs”. “Tal armamento, criado pela Alemanha durante a 2ª Guerra Mundial, recebeu esse nome pelo barulho que fazia enquanto voava”, explicou a corporação.
Em nota ao site G1, a Marinha do Brasil disse que repudia “quaisquer atos que atentem contra a vida” e que “está à disposição para contribuir com os procedimentos necessários à apuração dos fatos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.