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Mundo Walkie-talkies que explodiram no Líbano são modelos japoneses descontinuados

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Walkie-talkies que explodiram no Líbano. (Foto: Reprodução/CNN)

O Ministério das Comunicações do Líbano disse que os dispositivos walkie-talkie que explodiram no país na última quarta-feira (18) eram um modelo descontinuado feito pela empresa japonesa ICOM. Os rádios IC-V82 não foram fornecidos por um agente reconhecido, não foram oficialmente licenciados e não foram examinados pelos serviços de segurança, disse o ministério.

A Icom, que produz equipamentos de rádio, informou que “não é possível confirmar” se os walkie talkies que explodiram no Líbano – que leva o logotipo da companhia – foram produzidos por eles.

A empresa japonesa está investigando o caso após relatos de que dispositivos supostamente produzidos pela empresa e usados pelo Hezbollah explodiram no sul do Líbano e nos subúrbios de Beirute. Autoridades israelenses não comentaram sobre as explosões, mas fontes de segurança disseram que a agência de espionagem de Israel, a Mossad, era a responsável.

As explosões provocaram 25 mortes e deixaram mais de 450 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Os incidentes ocorreram um dia após explosões semelhantes de pagers usados pelo grupo, que deixaram 12 mortos e quase 3 mil feridos.

De acordo com um porta-voz da Icom, os dispositivos pareciam ser do modelo IC-V82, um rádio portátil que foi produzido e exportado, inclusive para o Oriente Médio, de 2004 a outubro de 2014. No entanto, a empresa encerrou o envio desse modelo há cerca de 10 anos e “um selo holográfico para distinguir produtos falsificados não foi anexado, por isso não é possível confirmar se o produto foi enviado por nossa empresa”, disse em comunicado.

“A produção das baterias necessárias para operar a unidade principal também foi descontinuada”, acrescentou. “Não tem como uma bomba ser integrada em um de nossos dispositivos durante a fabricação. O processo é altamente automatizado e acelerado, então não há tempo para tais coisas”, disse Yoshiki Enomoto, diretor na ICOM.

A empresa afirmou que os produtos para mercados internacionais são vendidos exclusivamente por distribuidores autorizados, e que realiza rigorosos controles de exportação de acordo com um programa baseado nas regulamentações de controle de comércio de segurança estipuladas pelo governo do Japão.

Segundo a agência “Reuters”, imagens dos walkie-talkies explodidos mostram um painel interno com as inscrições “ICOM” e “feito no Japão”.

A Icom é uma fabricante de rádio listada na bolsa de Tóquio, fundada em 1954. Com sede em Osaka, fabrica walkie-talkies e equipamentos de rádio para uso terrestre, marítimo e aéreo, e realiza negócios internacionais, com vendas anuais de 37,1 bilhões de ienes (US$ 259 milhões) para o ano fiscal que termina em março de 2024.

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