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Geral Estiagem no Brasil é consequência direta da devastação da Amazônia pelo fogo e pela exploração ilegal de madeira, dizem especialistas

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A estiagem que o Brasil está enfrentando é consequência direta da devastação da Amazônia pelo fogo e pela exploração ilegal de madeira. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Especialistas dizem que essa estiagem que o Brasil está enfrentando é consequência direta da devastação da Amazônia pelo fogo e pela exploração ilegal de madeira. Entre o Pará e Mato Grosso, a hidrelétrica de Teles Pires aparece como um recorte da economia brasileira no estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas). A prova do que já estamos perdendo com o desmatamento da Amazônia é a conclusão do pesquisador Rafael Araújo.

“O desmatamento acumulado desde a década de 1980 na Amazônia diminui a capacidade de Teles Pires produzir energia em mais ou menos uns 10%. A gente está falando em mais ou menos uns R$ 100 milhões por ano por conta do desmatamento na Amazônia. Isso para uma hidrelétrica”, diz Rafael Araújo, professor de economia e meio ambiente da FGV.

O Brasil tem uma fonte de geração de riqueza na floresta. A Amazônia funciona como uma bomba d’água. A transpiração das árvores forma o que os meteorologistas chamam de “rios voadores”, que carregam todos os dias toneladas de água pelas correntes de vento da atmosfera, levando chuva para o Centro-Oeste, Sudeste e até para o Sul do país. Só que, com o desmatamento dos últimos 40 anos, esses rios flutuantes estão secando. Assim como o clima e a capacidade da nossa economia de gerar energia e, então, produtividade, consequentemente, emprego.

“Mais desmatamento, menos chuva, menos energia em hidrelétricas, despacho termoelétricas, o preço da energia sobe, diminuo a produtividade da indústria, posso afetar o mercado de trabalho”, afirma Rafael Araújo.

Um prejuízo em cascata que para toda a economia é da ordem dos bilhões de reais.

“O Brasil realmente depende muito mais de chuvas do que o mundo para poder gerar a energia que movimenta a economia”, diz Bráulio Borges, pesquisador do FGV Ibre.

O que os economistas querem é dar valor para recursos que, apesar de naturais, têm um preço.

“A gente deveria tentar reverter o que está causando essa estiagem crônica no Brasil, que é a derrubada da Floresta Amazônica. Isso, obviamente, se a gente começar hoje, só vai surtir efeitos daqui 10, 15, 20 anos. Mas eu acho que é algo que a gente tem que fazer também. Não adianta só se adaptar a essa nova realidade. A gente deveria também tentar reverter isso na medida do possível”, afirma Bráulio Borges.

Na lógica econômica, toda crise guarda oportunidades. E quando a crise é climática, encontrar a saída é questão de sobrevivência.

“Toda ação, absolutamente toda ação a ser feita para conter o desmatamento na Amazônia é uma ultra urgência. O principal interessado em proteger a Amazônia somos nós, brasileiros, porque ela afeta diretamente a disponibilidade de água para nós, a saúde dos nossos ecossistemas, a disponibilidade de água para o consumo humano, para a geração de energia elétrica, para nossa produção agropecuária. Salvar a Amazônia é salvar a nós mesmos, brasileiros”, afirma Tasso Azevedo, coordenador-geral do MapBiomas. As informações são do Jornal Nacional.

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