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Geral Nos Estados Unidos, eleitores de 3 Estados começaram a votar para presidente 45 dias antes da data oficial

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A participação na votação antecipada caiu em relação aos níveis de 2020. (Foto: Reprodução)

A eleição nos Estados Unidos é apenas em 5 de novembro, em pouco mais de seis semanas, mas para três Estados a votação presencial começou de maneira antecipada na sexta-feira (20). Eleitores votaram em Minnesota, Dakota do Sul e Virgínia, os primeiros Estados a oferecer votação presencial antecipada. Diversos outros Estados dos EUA também permitirão votação de forma antecipada nas próximas semanas, até meados de outubro. Minnesota é o Estado de Tim Walz, candidato a vice de Kamala Harris.

A votação antecipada foi amplamente difundida nos EUA nas últimas eleições, em 2020 – a medida permitiu que muitos eleitores votassem com segurança e evitando aglomerações em meio à pandemia de Covid-19. Na ocasião, mais de 100 milhões de eleitores americanos votaram pelo correio ou pessoalmente antes da data do pleito.

A votação antecipada pode ocorrer de forma presencial ou por correspondência, a depender do estado. Apenas dois estados dos EUA – Alabama e New Hampshire – não oferecem algum tipo de votação antecipada.

O início da votação presencial ocorre após um dois meses tumultuados na política americana, que incluiu a desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral e sua substituição pela vice-presidente Kamala Harris como candidata democrata, além de uma tentativa de assassinato contra o candidato republicano Donald Trump, seguida por outra aparente tentativa contra sua vida apenas nove semanas depois.

Alguns eleitores sugeriram que o potencial de problemas ou caos no dia da votação, em 5 de novembro, era uma razão para não esperar e votar de forma antecipada.

É o caso de Chris Burda, de Minneapolis, que disse estar encorajando outros a votarem antecipadamente “para evitar possíveis interrupções no dia da eleição ou na votação presencial por um certo partido que parece estar interessado em observar as urnas a ponto de intimidar”.

Em todo o país, diretores locais de eleições estão reforçando a segurança para proteger seus funcionários e locais de votação, além de garantir que os procedimentos eleitorais e as cédulas não sejam adulterados. Funcionários e trabalhadores eleitorais têm sido alvo de assédio e até ameaças de morte desde a eleição presidencial de 2020.

Autoridades federais estão investigando a origem de pacotes suspeitos que foram enviados ou recebidos por autoridades eleitorais em mais de 15 estados nos últimos dias, incluindo a Virgínia.

Em Yankton, na Dakota do Sul, o escritório de eleições do condado viu um fluxo constante de pessoas votando antecipadamente logo após abrir às 9h, disse Kasi Foss, auditor assistente do condado. Segundo ele, isso é incomum para o primeiro dia de votação antecipada.

Os eleitores de Dakota do Sul estão decidindo o destino de várias iniciativas de votação sobre questões polêmicas, incluindo uma proposta de emenda à constituição do estado para proteger os direitos ao aborto e uma medida que legalizaria o uso recreativo de maconha. Mas Foss disse acreditar que a eleição presidencial está impulsionando a participação.

Na Virgínia, a votação antecipada presencial é popular em muitas partes do estado já há algum tempo: O diretor de eleições do condado de Fairfax, Eric Spicer, disse que cerca de um terço dos eleitores locais compareceram às urnas no dia da eleição durante o pleito presidencial de 2020, enquanto o restante votou antecipadamente –por correio ou de forma presencial.

A diretora de eleições da cidade de Chesapeake, Mary Lynn Pinkerman, espera que a votação antecipada ajude a aliviar as filas em 5 de novembro, mas também alertou que, com o grande interesse na eleição presidencial deste ano, “os eleitores ainda poderão enfrentar grandes tempos de espera” no dia da eleição.

À medida que o início da votação antecipada se aproximava, a retórica de Trump se tornou mais sombria, com uma promessa de processar qualquer pessoa que “trapacear” na eleição, da mesma forma que ele alegou falsamente que fizeram em 2020, quando mentiu sobre fraude generalizada e atacou os funcionários que mantiveram suas contagens de votos precisas.

Outras medidas também preocupam: na Geórgia, apoiadores de Trump conseguiram emplacar uma mudança na regra eleitoral estadual, que agora passa a exigir contagem manual das cédulas –medida que pode atrasar apuração e causar caos no estado, que esteve no centro de polêmica com o republicano, que ligou para o secretário pedindo para encontrar cerca de 11 mil votos para ele.

Trump anteriormente tentou semear dúvidas sobre a votação por correio e incentivou os eleitores a votar pessoalmente no dia da eleição. Mas neste ano, ele e o Comitê Nacional Republicano, que ele agora controla, começaram a aceitar a votação antecipada e por correio como uma maneira de garantir votos republicanos antes do dia da eleição, assim como os democratas fazem há anos. As informações são da agência de notícias AP.

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