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Geral Ministra dos Direitos Humanos demite ouvidora

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Ouvidora era uma dos principais assessores do ex-ministro Silvio Almeida, demitido após denúncias de assédio. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Quatro dias depois da demissão de Cláudio Vieira da Silva do cargo de secretário da Criança e do Adolescente, acusado de assédio moral por subordinados seus no Ministério dos Direitos Humanos, a ministra Macaé Evaristo sacou da pasta uma outra auxiliar de Silvio Almeida.

Foi exonerada Luzia Cantal, advogada integrante do grupo Prerrô, que era a Ouvidora do Ministério dos Direitos Humanos, a quem cabia justamente “receber, examinar, encaminhar, acompanhar e prestar informações aos cidadãos acerca de denúncias e reclamações sobre violações de direitos humanos e da família”.

Assim como Vieira da Silva, Luzia era uma dos principais assessores do ex-ministro Silvio Almeida, também demitido após denúncias de assédio.

Contra Vieira da Silva, são ao menos 14 denúncias de assédio moral. A maioria registrada por funcionárias mulheres. A apuração dos casos, no entanto, não avançou na gestão anterior.

Só com a chegada da nova ministra na pasta, Macaé Evaristo, novas reclamações surgiram e as investigações foram reabertas.

As acusações contra Cláudio Augusto vão desde ameaças de exoneração de funcionários, desqualificação de subordinados a críticas às mulheres que estão em licença-maternidade.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira. A integrantes do ministério, ele sempre negou as acusações. Segundo fontes da pasta, Macaé Evaristo ainda analisa outros casos. Novas demissões não estão descartadas.

Silvio Almeida foi demitido após acusações de assédio sexual contra Anielle Franco, ministra de Igualdade Racial. A denúncia foi em 5 de setembro pela organização Me Too Brasil, que faz denúncia de crimes do tipo.

“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, disse a ONG na ocasião, em um comunicado à imprensa.

Silvio negou as acusações: “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”. As informações são do jornal O Globo, da CNN e do portal de notícias IG.

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