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Geral Apesar de a Justiça Eleitoral ter mandado derrubar perfis de Pablo Marçal, contas anônimas continuam turbinando a imagem do candidato à prefeitura de São Paulo

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Ao mesmo tempo, seus apoiadores lucram com o compartilhamento de cortes de vídeos do influenciador. (Foto: Reprodução)

Apesar de a Justiça Eleitoral ter mandado derrubar perfis de Pablo Marçal usados para monetização, um grupo de contas anônimas continua turbinando a imagem do candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo nas redes sociais. Ao mesmo tempo, seus apoiadores lucram com o compartilhamento de cortes de vídeos do influenciador. Procurada para comentar, a campanha do PRTB não respondeu.

A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que mandou tirar do ar esses perfis de Marçal apontou indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na remuneração de usuários para produzir “cortes” e divulgá-los nas redes.

O jornal O Estado de S. Paulo, o Instituto Democracia em Xeque (DX) e a agência Bites identificaram contas de apoio a Marçal no YouTube, Instagram e TikTok que impulsionam o candidato e oferecem cursos de como usuários podem tirar proveito desse conteúdo. O mercado de rendimentos por meio da imagem de Marçal se baseia em um tripé formado por campeonatos de cortes de vídeos no Discord (suspensos desde o começo da campanha eleitoral), monetização das plataformas digitais e vendas de cursos e produtos do candidato. Incentivados pela promessa de ganhar dinheiro, usuários criam contas anônimas para publicar trechos de entrevistas, palestras e discursos.

Entre 29 de agosto e 7 de setembro, o monitoramento do DX encontrou 1.186 vídeos publicados em 50 perfis pró-Marçal no TikTok, tendo como alvo preferencial o candidato Guilherme Boulos (PSOL), e Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) em menor evidência.

“Esse número é três vezes maior que os vídeos publicados no TikTok pelas seis maiores contas oficiais de campanha (das outras candidaturas). O levantamento indica que a produção de cortes continua e tem como foco o conteúdo político-eleitoral”, disse a diretora da do DX, Tatiana Dourado.

No entanto, a produção desse conteúdo, que gerou 14,1 milhões de exibições com uma média de 287 mil visualizações por publicação, se concentrou em poucos perfis. Três deles correspondiam a 44% dos posts, e seis deles, a 74,5%, segundo o relatório. “O que chama atenção é que parece não ser tanta gente assim ganhando dinheiro com Marçal. Tem muitos perfis enganados com a promessa de que daria para ganhar dinheiro, mas, na prática, eles acabam ajudando Marçal eleitoralmente”, afirmou André Eler, diretor da Bites.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a comunidade “Cortes do Marçal” promoveu três campeonatos com R$ 125 mil em premiação desde que ele foi anunciado pré-candidato do PRTB, em abril. Agora, sem esses eventos, milhares de pessoas continuam se engajando em busca de obter renda.

Um dos principais sites de dicas de como ganhar dinheiro com Marçal, o Cortes Lucrativos, vende por R$ 97 o acesso a um grupo de Telegram em que os administradores ensinam a monetizar canais de cortes. Até 20 de setembro havia 5,3 mil pessoas no grupo, indicando uma renda de pelo menos R$ 500 mil.

Participantes, porém, reclamam da lentidão para começar a lucrar. “Alguém viralizou com os vídeos do debate e não tá tendo vendas também? Esse assunto atraiu muitas pessoas, mas zero vendas”, queixou-se um aluno, na semana passada.

Um dos administradores do grupo é Jocelei Alcântara. Procurado, ele disse que seu curso tem 13 mil alunos e já faturou R$ 1,3 milhão. Seu foco, afirmou, é fornecer ferramentas para que os alunos possam monetizar em pouco tempo. “Isso significa que o processo de lucrar pode variar, dependendo do esforço e dedicação de cada aluno. A maior fonte de receita é o link na bio, que promove cursos, treinamentos, produtos e serviços, atraindo e engajando a audiência.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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