Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2024
A noite de Copa Libertadores lotou todos os setores do estádio, incluindo a área de visitantes.
Foto: Vítor Silva/BotafogoO São Paulo sofreu a segunda eliminação em setembro após empatar por 1 a 1 com o Botafogo e perder nos pênaltis pela Libertadores. Os botafoguenses voltaram a dominar os são-paulinos, como foi no empate por 0 a 0 no Rio. O time de Luis Zubeldía conseguiu reagir na segunda etapa, com Calleri, mas o argentino e Nestor perderam as cobranças nas penalidades.
Os cariocas agora esperam quem passar entre Penãrol e Flamengo, na quinta-feira (26), em confronto no qual os uruguaios têm vantagem de um gol. Na outra semifinal, jogam River Plate e Atlético-MG, que eliminaram Colo-Colo e Fluminense, respectivamente. O Botafogo retorna a uma semifinal do torneio continental após 51 anos.
A decisão se apresentou no MorumBis conforme o tamanho que tinha. A noite de Copa Libertadores lotou todos os setores do estádio, incluindo a área de visitantes. O São Paulo converteu a festa de fumaça e sinalizadores em vontade. Calleri que o diga. O argentino disputou a posse de bola na intermediária como se a vida dependesse disso, com menos de cinco minutos. Arboleda deu continuidade nos passos do atacante, em um lance que afastou de carrinho a chegada do Botafogo.
Com a bola, porém, o São Paulo só conseguia trocar passes. O time via à sua frente botafoguenses com pressa. Eles queriam calar o MorumBis quanto antes. Mesmo abdicando da perfeição, os comandados de Artur Jorge decidiram que ficariam no setor ofensivo. Iriam ignorar a festa local e marcar com pressão.
Aos 15 minutos, Thiago Almada, de 1,71,m, teve liberdade para infiltrar na área tricolor e pegar, de cabeça, a sobra de um cruzamento de Alex Telles deixada por Rafael. Luiz Gustavo não acompanhou o argentino. O Botafogo fez com uma finalização, em um quarto de hora, o que não conseguiu em uma hora e meia e 20 chutes no Rio.
Os erros do São Paulo quase foram punidos com um segundo gol botafoguense. Igor Jesus bateu para fora. A comissão técnica são-paulina, que só fez uma alteração, aos 44 minutos do segundo tempo, na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG na Copa do Brasil, percebeu a inoperância e quis mudar logo com 35 minutos.
Luis Zubeldía fez o que devia ter feito desde o começo do primeiro jogo contra o Botafogo. William Gomes é um talento com grande potencial. Mas Luciano é o artilheiro do time na temporada, com 15 gols. Ele era a escolha mais adequada para uma decisão. A entrada do camisa 10 fez com que um ataque são-paulino tivesse um esboço melhor pela primeira vez, com cruzamento justamente para ele.
Entretanto, o Botafogo mostrou que podia ditar o ritmo do jogo. Foi atacado, respondeu e inverteu a polaridade, voltando a pressionar nos minutos finais.
A chance são-paulina veio com um pênalti. Após cinco minutos de análise, o árbitro Dario Herrera constatou mão de Barboza a área. A tônica poderia mudar, mas Lucas isolou por cima do gol.
O São Paulo teve que apostar todas as fichas no segundo tempo. Assim, o time recomeçou já buscando o ataque. Os botafoguenses, que chegaram com tanta pressa no primeiro tempo, reduziram as batidas. Queriam aproveitar, de penetra, a festa.
Calleri também queria isso. Quando André Silva cruzou, aos 42 minutos, o argentino subiu sozinho e fez o 14º gol dele pelo São Paulo em Libertadores. O camisa 9 trouxe o time para a disputa novamente e igualou Rogério Ceni e Luis Fabiano como artilheiros do clube no torneio.
Uma confusão entre Marçal e Zubeldía fez com que a partida parasse quase três minutos. A discussão acabou com Rafinha e Gatito Fernández expulsos e amarelo para o lateral-esquerdo do Botafogo.
Nas penalidades, Calleri e Nestor perderam para o São Paulo, e Vitinho, para o Botafogo. Os são-paulinos Luiz Gustavo, Lucas, Igor Vinicius e Luciano converteram. Tchê Tchê, Danilo Barbosa, Marçal e Almada fizeram para o Botafogo, Matheus Martins fechou a disputa.