Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2024
Casal Anelise e Carlos Eduardo Scheibe, de Carazinho, começaram a produzir a noz pecan em 2009.
Foto: ReproduçãoApós o sucesso regional do Pecanttone – união do tradicional panetone de Natal com a noz pecan – na Expointer, o produto ganhou visibilidade internacional, sendo apresentado na maior feira de bebidas e alimentos da América latina, a Expoalimentaria 2024, realizada em Lima, no Peru. A junção do fruto produzido diretamente no Rio Grande do Sul traz uma alternativa para substituir as frutas cristalizadas encontradas nos doces.
Idealizado por Anelise e Carlos Eduardo Scheibe, de Carazinho, cidade localizada no noroeste do estado, o casal começou a se aventurar com a noz pecan em 2009. Hoje, possuem mais de 5 mil árvores em cerca de 33 hectares de propriedade empregados na produção da matéria-prima utilizada nos produtos da companhia Grandes Laços junto com a Pecan Brasil. Segundo Carlos Eduardo, a meta é chegar a 80 toneladas do fruto, “matéria-prima não vai faltar”, garante.
Com técnicas atentas ao melhor da planta e do solo, a iguaria utilizada no Pecanttone chamou atenção durante a feira em Lima. “Após o showroom, vieram os feedbacks, porque a gente chega em um país novo com um produto novo e precisamos desse retorno. Quem experimentou sabe o diferencial e que vale a pena o investimento”, comenta Anelise.
Agora, Anelise e Carlos estão prontos para expandir oficialmente os negócios internacionalmente e começar a produção com as devidas especificações dos países. “Sabemos que ainda temos uma longa jornada até a comercialização, mas estamos cheios de novas ideias e produtos que discutimos ao longo de pelo menos 15 reuniões na feira e temos certeza que o público vai gostar”, celebra o casal.
A iguaria gaúcha fez parte da feira por meio do projeto Agro Br, que tem como foco incentivar pequenas e médias empresas no auxílio à exportação. O projeto, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), viu no produto do casal uma oportunidade de comercialização. “Desde o início pensamos juntos, preparamos ele, escolhemos países interessantes de buscar mercado, apresentação em cinco línguas diferentes, assim vieram as oportunidades.” relata Anelise, que relembra a participação do produto também no showroom do Panamá.
Filiados desde o início ao Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Anelise e Carlos Eduardo seguem aprimorando sua produção para quem sabe, futuramente, buscar mercados para além da América Latina.