Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2024
Imagens de câmeras de segurança gravaram o momento da agressão.
Foto: ReproduçãoQuase uma semana após atingir com facada nas costas um agente da Polícia Civil em Porto Alegre, um cadeirante de 31 anos foi indiciado nessa quarta-feira (2) pela corporação, por tentativa de homicídio qualificado. Ele também teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. O ataque teve como cenário um trecho da rua Voluntários da Pátria próximo à Garibaldi (divisa do Centro Histórico com o bairro Floresta), na sexta passada (27).
Imagens de câmera de segurança registraram o incidente. A bordo de uma viatura não identificada, cinco policiais chegaram ao local, em área conhecida pela movimentação relativa a tráfico e consumo de drogas. Eles estavam ali para cumprir mandado de busca a dois foragidos, que foram então abordados.
A dupla rendida passava por revista quando um terceiro homem, sem camisa e locomovendo-se por meio de cadeira-de-rodas, chegou de surpresa e feriu um dos agentes por trás, cerca de um palmo acima da cintura. Houve perfuração muscular, porém sem comprometimento de órgãos vitais – a vítima chegou a ser hospitalizada, sem risco de morte, e agora se recupera em casa e deve retornar ao trabalho em breve.
De acordo com a investigação, o agressor possui antecedentes por crimes como tráfico e ameaça. Ele permanece recolhido a uma cela em local não informado. O inquérito qual é alvo deve ser encaminhado à Justiça nas próximas horas. Se o processo resultar em condenação, a sentença é superior a quatro anos de cadeia.
Incidente em shopping
A Polícia Civil também apura relatos de agressão a uma funcionária de lanchonete no shopping Iguatemi, na Zona Norte da capital gaúcha. No sábado (28), ela teria sido atingida propositalmente com o conteúdo de um copo de suco por uma cliente, inconformado com o não fornecimento de canudos pelo estabelecimento.
Uma gravação que viralizou nas redes sociais mostra a trabalhadora, de 19 anos, chorando e com o uniforme ainda molhado. A jovem ainda não prestou depoimento: investigadores que a procuram na praça de alimentação do centro de compras receberam a informação de que ela cumpre licença médica, por estar abalada psicologicamente.
O delegado responsável pelo caso, Alexandre Vieira, pretende identificar a agressora por meio de imagens de câmeras de segurança. Ele já requisitou os registros à administração do Iguatemi.
Por meio de nota à imprensa, a franqueada da rede de lanchonetes ressaltou, em um trecho do texto: “(…) Nossa colaboradora foi vítima de uma agressão e humilhação inaceitáveis. O fato teve origem na insatisfação da cliente com a política de não fornecermos canudos, adotada em estrito cumprimento à legislação local”.
Também menciona ter disponibilizado apoio jurídico e psicológico à funcionária, além de tomar “as providências cabíveis, ao contatar as autoridades competentes e a segurança do shopping para auxiliar na identificação da agressora”.
(Marcello Campos)