Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2016
Segundo um estudo feito pela FESS (Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social) em parceria com a Universidade de Barcelona (Espanha), os hábitos de limpeza que temos podem transformar uma casa em um lugar bastante propício para a transmissão de doenças.
A pesquisa atestou que o banheiro é o local mais cheio de germes de uma residência. No entanto, ele também é o cômodo que se limpa com mais frequência. Por isso, Maite Muniesa, que é representante do Departamento de Microbiologia da Universidade e liderou a pesquisa, chamou a atenção na apresentação dos resultados justamente para a falta de limpeza naquelas que chamou de “zonas esquecidas”. Confira o ranking.
Banheiro.
Levando em consideração a função dos banheiros, não é muito surpreendente saber que eles estão no topo da lista. O estudo inclui uma pesquisa com 1 mil famílias espanholas e, de acordo com os resultados dele, somente 56% fazem uma limpeza diária nos banheiros. E apenas 32% os desinfeta.
Esponjas e panos de cozinha.
A esponja úmida e sem escorrer é um local propício para proliferação de bactérias. Segundo a especialista, esponjas e panos não costumam ser lavados diariamente e, muitas vezes, ficam úmidos ao longo do dia. “Esses germes e bactérias podem ficar até duas semanas em uma esponja úmida”, afirmou.
Pia.
A pia da cozinha concentra 100 mil vezes mais germes do que algumas áreas do próprio banheiro. Segundo o estudo, 14% delas abrigavam mais de 1 milhão de bactérias por metro quadrado. E muitas vezes, esses micro-organismos se acumulam em pilhas de pratos com restos de comida.
Torneiras, banheiras, máquinas de lavar e geladeiras.
Assim como acontece com a pia, a umidade e o material orgânico acumulado nessas áreas criam um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias. Na borracha da máquina de lavar e da geladeira, por exemplo, não é estranho encontrar mofo ou bolor.
Escovas de dentes.
A boca abriga centenas de micro-organismos, que podem ser transferidos à escova de dente durante o uso. Bactérias como estafilococos, bactérias coliformes, pseudomonas, levedura, bactéria intestinal e até germes fecais podem ficar alojados ali. A pesquisa garante que 80% das escovas de dente examinadas abrigam milhões de micro-organismos que podem vir a ser prejudiciais à saúde.
Chão.
O chão de uma casa é um dos lugares com maior concentração de micro-organismos, segundo a pesquisa. Muitos deles são trazidos da rua com nossos sapatos. Além disso, os especialistas em microbiologia advertem que as bactérias precisam somente de dez segundos para “colonizar” um pedaço de comida que cai no chão.
Tábuas para cortar.
Conforme Maite, até 20% das infecções alimentares ocorrem dentro de casa. Os micro-organismos que frequentemente provocam esse tipo de problema são a salmonela, a escherichia coli e o campylobacter. É comum encontrá-los nas tábuas de cortar, que são ambientes propícios para abrigar germes.
Dispositivos tecnológicos.
O teclado de um computador ou a tela de um celular podem chegar a ter 30 vezes mais micro-organismos do que um banheiro limpo.
Maçanetas.
Elas são utilizadas uma vez ou outra ao longo do dia, mas são bem fáceis de se esquecer na hora da limpeza da casa. Maçanetas se tornam lugares propícios para o acúmulo de germes.
Brinquedos.
Não é raro encontrá-los espalhados pelo chão. Muitas vezes, são arrastados passando de uma criança para outra – e elas os colocam na boca. Isso acaba fazendo com que os brinquedos também sejam focos de bactérias.
