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Variedades Respiração e meditação ajudam a mudar padrões negativos da mente

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Respirar pode aliviar a ansiedade e o estresse a partir da oxigenação do cérebro. (Foto: Freepik)

No mundo do alto rendimento esportivo, estão sendo consideradas três áreas que complementam o treinamento e impactam os resultados: a respiração, a meditação e padrões de pensamento, que também podem ser aplicadas na vida. São ferramentas que não são externamente visíveis, mas que influenciam na construção do que se costuma chamar de “mente”.

A respiração é crucial para o funcionamento do nosso organismo. Por um lado, envolve uma boa oxigenação celular, sinônimo de melhor metabolismo, mais energia biológica, força, resistência e potência. Por outro, os músculos respiratórios desempenham um papel no estímulo do sistema nervoso, especialmente nas funções autônomas. Trata-se de um recurso muito eficiente para melhorar a concentração e regular os níveis de ansiedade.

É importante saber como ampliar a capacidade respiratória. Para tal, é necessário aprender sobre os músculos respiratórios, que se movem de forma coordenada para que o ar entre e saia dos pulmões. Dentre eles, o mais importante (e menos utilizado) é o diafragma.

Conscientizar-se e dominar o movimento do diafragma é fundamental. Usamos cerca de um décimo de nossa capacidade pulmonar. Isso significa que, dos cinco litros de ar que cabem em nossos pulmões, apenas introduzimos meio litro. Muito pouco. Respirar melhor é algo que se aprende e se treina ao longo dos anos. Quando o ar entra, o diafragma desce e o abdômen se projeta para fora; quando o ar sai, o diafragma sobe e o abdômen se contrai.

Outro fator a ser considerado: quando há dificuldade para respirar, geralmente o que se deve fazer – ao contrário do que se imagina – é exalar. Esvaziar os pulmões para criar espaço, ao permitir que mais ar novo entre na próxima inspiração. Isso é contraintuitivo, pois, em situações de nervosismo ou ansiedade, tende-se a gerar tensão no diafragma, o que impede a expulsão adequada do ar e resulta na redução da troca gasosa.

O que fazer quando se está nervoso e sem ar?

Exalar mais para poder inspirar mais. Isso nos leva ao segundo aspecto: a relação entre respiração, diafragma e funções involuntárias. Há uma razão para a tensão do diafragma quando ficamos nervosos. Esse músculo, pela forma abobadada, está em repouso quando está para cima, ou seja, quando os pulmões estão vazios. E como quase nunca temos assim, o diafragma não relaxa. Para que o ar entre, o diafragma se tensa e desce, aplanando-se. Quando enfrentamos uma situação de tensão, nosso instinto de sobrevivência ativa um mecanismo que nos faz manter o ar nos pulmões e gera uma tensão no diafragma que se sente na boca do estômago.

Para liberar essa tensão nervosa, é preciso relaxar o diafragma esvaziando os pulmões, o que, por sua vez, permite relaxar o abdômen, especialmente a boca do estômago. Assim, realizar algumas respirações nasais e diafragmáticas contribui para reduzir a tensão e diminuir a ansiedade.

A respiração pode nos ajudar a concentrar?

Sem dúvida. É fácil perceber e pode-se focar a atenção nela a qualquer momento e em qualquer circunstância, tanto na solidão quanto em grupo. É uma questão de sentir como se está respirando, concentrar-se na sensação tátil do ar que toca as narinas ao inspirar e ao exalar (a respiração deve ser sempre pelo nariz), sentir o movimento do diafragma e o percurso do ar. Em pouco tempo, favorece que a mente se foque e se abstraia dos estímulos externos, reduzindo a dispersão e reunindo suas forças. As informações são do jornal O Globo.

 

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