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Brasil Ministério da Educação prepara versão do programa Pé-de-Meia para universitários

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Segundo o ministro Camilo Santana, programa abarcaria estudantes de instituições privadas. (Foto: UNB/Divulgação)

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou planos para lançar uma versão universitária do programa Pé-de-Meia até 2025. Este programa, que atualmente oferece remuneração a alunos de baixa renda do ensino médio, será estendido a estudantes do ensino superior.

A ideia do Ministério da Educação é replicar o formato atual para dar suporte a alunos universitários, ajudando-os a permanecer na universidade. O programa ainda está em fase de elaboração e detalhes como valores, número de alunos beneficiados e critérios estão em discussão.

“Tem aluno que abandona [o curso] porque às vezes não tem onde morar. Estamos começando a construir um Pé-de-Meia para o estudante universitário, uma proposta para ser discutida com o presidente”, disse o ministro, em recente entrevista. “Ele já está empolgado. Nós podemos identificar onde é que estão os gargalos, as dificuldades para garantir que esse aluno possa realizar o seu sonho de ir para a universidade.”

Com a previsão de uma versão universitária, o programa Pé-de-Meia se expande para abranger uma maior faixa etária e níveis educacionais. A iniciativa destaca o compromisso do governo em proporcionar apoio contínuo para a educação de jovens em situação de vulnerabilidade.

Os detalhes da versão universitária ainda estão sendo elaborados, mas a base já estabelecida pelo programa do ensino médio proporciona uma estrutura sólida que pode ser adaptada e melhorada para atender às necessidades dos estudantes universitários.

Ensino médio

O programa Pé-de-Meia entrou em vigor este ano, com um investimento federal de mais de R$ 7 bilhões. Com ele, alunos de baixa renda do ensino médio recebem uma remuneração mensal, além de bônus.

Podem participar do programa os estudantes matriculados em escolas públicas e que estejam cursando o ensino médio ou o programa para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além disso, é necessário:

• ter entre 14 e 24 anos;
• fazer parte de família inscrita no Cadastro Único (CadÚnico).

Segundo MEC, terão prioridade para receber o benefício os estudantes que integrem famílias que recebem o Bolsa Família.

Os valores pagos são:

• Incentivo para matrícula, no valor anual de R$ 200;
• Incentivo de frequência, no valor anual de R$ 1.800;
• Incentivo para conclusão do ano, no valor anual de R$ 1.000;
• Incentivo para o Enem, em parcela única de R$ 200.

Ensino superior

O tamanho do orçamento da iniciativa para o ensino superior e o perfil de beneficiados ainda é incerto. O ensino superior brasileiro conta com 9,4 milhões de alunos (79% em cursos privados), segundo dados de 2022, os mais recentes publicados. Do total, 5,1 milhões estão em cursos presenciais.

Além de gerir as universidades federais, que contam com a Lei de Cotas para abrigar estudantes de baixa renda, o MEC já tem iniciativas para ampliar o acesso ao ensino superior.

Para alunos de instituições privadas, há o ProUni (Programa Universidade para Todos), de bolsas, e o Fies (Financiamento Estudantil), em que o governo paga parte ou toda a mensalidade para os alunos, e eles ficam com uma dívida com o governo.

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