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Porto Alegre Morte de irmãos adolescentes em Porto Alegre: oito investigados viram réus

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Marina e João Francisco foram alvo de disparos a esmo, na rua,, por criminosos. (Foto: Reprodução)

Um ano e meio após um casal de irmãos ser executado no bairro Cascata, Zona Sul de Porto Alegre, a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra oito acusados de envolvimento no crime. O duplo assassinato teve como vítimas adolescentes e sem envolvimento com qualquer tipo de atividade ilícita.

As acusações incluem homicídio qualificado pelos agravantes de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa das cinco vítimas e meio (tiros) que resultou em perigo comum, além do fato de as vítimas serem menores de idade. Marina Maciel dos Santos tinha 16 anos e João Francisco Maciel dos Santos 14 quando foram mortos, em abril do ano passado.

Apesar dos irmãos se manterem longe do crime, no caminho de suas vidas havia uma facção criminosa disposta a intimidar moradores e desaviar rivais que dominavam o comércio de entorpecentes na região. O grupo então ordenou que integrantes passassem de carro por algumas ruas efetuando disparos a esmo, contra pessoas na rua. Marina e João Francisco caminhavam até uma padaria para comprar refrigerante quando foram baleados.

Também constam no processo três tentativas de homicídio (contra vítimas que sobreviveram), receptação, adulteração de sinal identificador de veículo e organização criminosa armada. O caso está aos cuidados do promotor de Justiça André de Azevedo Coelho.

Armas-de-fogo em dia de eleição

Durante o primeiro turno das eleições municipais, no domingo (6), o Ministério Público recebeu denúncias de que pessoas armadas estariam intimidando eleitores nas imediações da reserva Terra Indígena Inhacorá, em São Valério do Sul (Noroeste gaúcho).

A promotora Lais Saboia Souto, da 107ª Zona Eleitoral, com sede em Santo Augusto, relata que policiais militares foram ao local e flagraram, em momentos distintos, pessoas armadas em dois carros. Nos veículos, havia também munições, balaclavas (acessório para cobrir o rosto), miguelitos (pregos retorcidos para furar pneus) e facas.

Ao menos quatro homens foram presos em flagrante, mas ainda está sendo investigada a relação do fato com o pleito que definiu os próximos ocupantes da prefeitura e Câmara de Vereadores.

Também promotora, Lais Saboia Souto informou ter recebido denúncias de bloqueios nas vias de acesso, impedindo os eleitores de comparecerem aos dois locais de votação na reserva, localizada em área de 3 mil hectares.

“A regularidade da votação na área indígena e a desobstrução das vias de acesso foram asseguradas durante todo o dia através do trabalho do Ministério Público Eleitoral em cooperação interinstitucional com a Justiça Eleitoral, Brigada Militar e Polícia Federal”, ressalta.

(Marcello Campos)

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