Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2024
A empresa Sierra Nevada Corp (SNC) superou a concorrência da gigante Boeing e assinou um contrato com o governo dos Estados Unidos para a construção dos próximos aviões que serão usados para a defesa nuclear do país. Segundo a revista Forbes, o valor investido será de 13 bilhões de dólares (cerca de R$ 70,9 bilhões) para a compra dos “Doomsday planes”, conhecidos como “aviões do juízo final”.
De acordo com a publicação, o contrato será um “divisor de águas” para a empresa, que, no entanto, colocará sua reputação à prova ao tentar realizar o “projeto complexo e ultrassecreto do governo dentro do prazo e do orçamento estipulado”. A título de comparação, a empresa, que tem 87% de sua propriedade pertencentes ao casal turco Eren e Fatih Ozmen, registrou apenas 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 10,9 bilhões) em receita no ano passado.
“Assumir riscos inteligentes é muito importante”, afirma à Forbes Eren, que transformou a SNC na maior empreiteira de defesa de propriedade feminina dos Estados Unidos. “Isso é uma parte fundamental de ser um empreendedor. Sem isso, na verdade, você está apenas seguindo o que está acontecendo, não liderando.”
Na disputa pelo contrato, a SNC superou a Boeing na disputa, empresa que tem 40 vezes o seu tamanho em vendas, além da concorrência de outras gigantes do setor, como Lockheed Martin e Northrop Grumman.
“Estamos muito orgulhosos de ajudar a construir o futuro do ISR [sigla para modelos de jatos de “inteligência aérea, vigilância e reconhecimento”] aéreo do Exército com um jato de última geração que pode voar mais alto, mais rápido e pai para sensoriamento profundo em operações de grande escala e multidomínio”, disse Fatih.
Compras de Boeing
Em maio, os Estados Unidos já haviam comprado cinco aviões para substituir a atual frota de aeronaves militares da Força Aérea do país, segundo a CNN. Na ocasião, foram escolhidos exemplares do E-4B Nightwatch, um super avião que compõe o sistema de comando militar para o presidente dos EUA. Os jatos Boeing 747, que eram operados pela companhia sul-coreana Korean Air, são conhecidos como “aviões do juízo final”.
O avião ganhou fama durante o período da Guerra Fria. Ele foi projetado para utilização em caso de emergência nacional ou destruição de centros de comando e controle em terra.
“A aeronave fornece um centro de comando, controle e comunicação altamente capaz de sobreviver para direcionar as forças dos EUA, executar ordens de guerra de emergência e coordenar ações das autoridades civis”, diz a Força Aérea dos EUA em seu site.
O E-4B Nightwatch é uma versão militarizada do Boeing 747-200. A aeronave tem quatro motores, asas em flecha, tem de longo alcance e voa alta altitude, sendo capaz de reabastecer em voo. O convés principal é dividido em seis áreas funcionais: área de trabalho de comando, sala de conferências, sala de briefing, área de trabalho da equipe de operações, área de comunicações e área de descanso.
O avião tem capacidade para 112 pessoas sentadas, incluindo uma equipe de operações e a tripulação. Segundo a Força Aérea americana, o E-4B é protegido contra os efeitos do pulso eletromagnético e possui um sistema elétrico projetado para suportar eletrônica avançada e uma ampla variedade de equipamentos de comunicação. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.