Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2024
Os filhos do jornalista e locutor Cid Moreira, que morreu na última quinta-feira, aos 97 anos, são réus por denunciação caluniosa contra Maria de Fátima Sampaio Moreira, viúva do renomado apresentador. A ação penal tramita na 1ª Vara Criminal de Petrópolis.
Rodrigo e Roger Moreira, filhos do comunicador e âncora, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 22 de maio deste ano. No documento, a promotora responsável relata que ambos estiveram na cidade serrana entre os meses de julho e agosto de 2021 para instaurar um inquérito policial contra a madrasta.
Na denúncia, a dupla acusou Maria de Fátima de crimes previstos no Estatuto da Pessoa Idosa. Eles afirmavam que a mulher “estaria dilapidando o patrimônio do idoso, mantendo-o em cárcere privado, expondo a risco sua integridade e saúde, ao submetê-lo a condições desumanas e degradantes, privando-o de alimentos e cuidados essenciais, agredindo-o fisicamente, entre outras graves condutas”.
Após investigação policial, contudo, foi constatado que as acusações não passavam de inverdades. Todas as testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, inclusive aquelas indicadas pelos irmãos como conhecedoras da situação, negaram qualquer ameaça à vida de Cid. O próprio jornalista, em depoimento, desmentiu as alegações. O caso foi arquivado em 2023, após análise do Ministério Público, que rejeitou o pedido de Rodrigo e Roger Moreira para que o pai fosse interditado.
Com a abertura do procedimento por denunciação caluniosa, o juiz Luis Claudio Rocha Rodrigues tornou os irmãos réus pelas falsas acusações feitas contra a viúva de Cid. A decisão é de 23 de maio de 2024. Como residem em São Paulo, Rodrigo e Roger Moreira ainda não foram notificados. O caso está parado desde 4 de setembro.
O conflito familiar
Após a morte de Cid, os herdeiros do jornalista entraram, de imediato, com uma ação na Justiça do Rio de Janeiro para a divisão dos bens. Nela, eles relatam total afastamento do pai, assim como “danos psicológicos” supostamente causados pelo jornalista durante o segundo casamento.
Davi de Souza Saldaño, advogado da viúva Fátima Sampaio Moreira, declarou, no último domingo, que ambos foram excluídos do testamento público deixado por Cid.