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Tecnologia Nobel de Física se demitiu do Google para falar do perigo da inteligência artificial

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Britânico Geoffrey Hinton, de 76 anos, foi laureado por seu trabalho pioneiro no desenvolvimento do aprendizado de máquina.

Foto: Reprodução
Britânico Geoffrey Hinton, de 76 anos, foi laureado por seu trabalho pioneiro no desenvolvimento do aprendizado de máquina. (Foto: Reprodução)

Se várias vezes as escolhas do Comitê do Nobel costumam ser classificadas como desconectadas de seu tempo, o anúncio dos laureados com o prêmio de Física deste ano vai em direção oposta, jogando luz em um debate contemporâneo: os potenciais e riscos da inteligência artificial para a humanidade.

O prêmio foi concedido a John Hopfield, de 91 anos, da Universidade de Princeton (EUA), e Geoffrey Hinton, 76 anos, da Universidade de Toronto (Canadá), por seu trabalho pioneiro no campo das redes neurais artificiais e do “machine learning”.

Em maio do ano passado, Hinton pediu demissão de um alto cargo no Google e, em entrevista ao jornal americano The New York Times, denunciou o perigo das novas tecnologias em desenvolvimento, que ele mesmo ajudou a criar.

Em 2018, Hinton e outros dois colaboradores de longa data receberam o prêmio Turing, frequentemente chamado de “Nobel da computação”, por seu trabalho em redes neurais.

Em entrevista na manhã desta terça-feira, 8, concedida logo após o anúncio do prêmio, Hinton afirmou que a transformação imposta pela IA nos próximos anos será comparável à da Revolução Industrial, no século 19. “Mas, em vez de superar as pessoas na força física, vai superar as pessoas na força intelectual”, afirmou.

“Não temos experiência de conviver com coisas mais inteligentes do que nós”, disse Hinton na entrevista. “E vai ser maravilhoso em muitos aspectos, vai nos dar um atendimento médico melhor; tornar quase todos os campos mais eficientes. Com um assistente de IA, as pessoas conseguirão executar o mesmo volume de trabalho em muito menos tempo”, acrescentou.

“Isso vai trazer aumentos brutais na produtividade. Mas também temos de nos preocupar com uma série de possíveis consequências ruins, particularmente com a ameaça de que essas coisas saiam do controle”, continuou o pesquisador.

Um jornalista presente lembrou da entrevista de Hinton ao The New York Times, em que ele admitia se arrepender de certos aspectos de seus trabalhos diante dos riscos a médio e longo prazo.

“Há dois tipos de arrependimento”, explicou. “Há o arrependimento que sentimos quando fazemos algo que sabíamos que não deveríamos fazer. E há aquele arrependimento de algo que fazemos em certas circunstâncias e que pode acabar não terminando bem. Meu arrependimento é desse segundo tipo. Nas mesmas circunstâncias, eu faria o mesmo de novo, mas estou preocupado com as consequências, possibilidade de termos sistemas mais inteligentes do que nós e que assumam o controle.”

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