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Política Exceto pela derrota no Rio de Janeiro, direta “passeia” no 1º turno das eleições municipais

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Eduardo Paes também bateu boca com Marcelo Bretas. (Foto: Divulgação)

Já se esperava que esta eleição demonstrasse a força da direita Brasil afora. Mas o que se viu foi um pouco mais do que isso. Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e companhia provaram ter poder para eleger até alguns azarões. E Tarcísio de Freitas, que empenhou todo o seu capital político na candidatura de Ricardo Nunes, mostrou que tem cacife para construir uma trajetória independente do ex-presidente – algo que ele deverá fazer daqui por diante.

O resultado em São Paulo foi a cereja do bolo de um primeiro turno que, tirando a derrota no Rio de Janeiro, foi um “passeio” para a direita.

Nos dias anteriores à votação, o ex-presidente distribuiu broncas entre aliados que se bandeavam pro lado de Pablo Marçal. Mas em privado já se resignava em ter que apoiá-lo contra Guilherme Boulos, e resistiu o quanto pode antes de gravar um live aos 45 do segundo tempo pedindo voto para Nunes de forma mais direta. Claro que o laudo falso que Marçal tentou emplacar acusando Boulos de usar drogas deu um empurrãozinho.

Mas não dá para ignorar que, com Marçal fora do jogo, Bolsonaro mostra musculatura e consolida uma liderança que se reflete nos números.

O PL já elegeu dois prefeitos de capitais, botou outros oito candidatos no segundo turno e deve terminar esta eleição algo perto de 600 cidades no país. É menos do que legendas tradicionais do Centrão, como o PSD, o MDB ou o União Brasil. Mas muitos prefeitos dessas legendas são bolsonaristas. Já o PT não conseguiu ainda eleger nenhum prefeito de capital, vai disputar o segundo turno em quatro e conseguiu até agora o comando de 246 cidades.

O ex-presidente conseguiu colocar no segundo turno até figuras que as pesquisas davam como fora do jogo, como o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, ou o desconhecido Fred Rodrigues, que atropelou o candidato do governador Ronaldo Caiado, Sandro Mabel.

Quem convive com Bolsonaro sabe que ele só pensa em aumentar sua força na Câmara e fazer a maior bancada de senadores — tudo para cavar um impeachment de Alexandre de Moraes e tentar uma anistia para poder voltar a disputar as eleições. Parte do plano passava por mostrar ao mundo político que é continua sendo o maior líder da direita.

Isso ele conseguiu. Por enquanto, pelo menos, Jair Bolsonaro pode respirar aliviado, enquanto torce para que a Justiça Eleitoral faça com Marçal o mesmo que fez com ele, tornando o ex-coach inelegível pelos próximos oito anos. (Malu Gaspar/O Globo)

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