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Mundo Turista brasileiro sumiu na Venezuela após fotografar palácio de Maduro

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"Era proibido, e eu não sabia. Entenderam como uma espionagem", disse Anderson. (Foto: Reprodução)

Desaparecido na Venezuela por cerca de duas semanas, o brasileiro Anderson Bonente Melo entrou em contato com a família nessa terça-feira (8). Ele relatou ter tido problemas com autoridades locais após ter fotografado o Palácio Miraflores, sede da presidência de Nicolás Maduro, em Caracas. Segundo o próprio servidor do Ministério da Saúde contou aos parentes em um áudio, Anderson acabou confundido com um espião.

“Tive um problema com o Exército da Venezuela. Estava batendo uma foto no centro, do Palácio Miraflores. Era proibido, e eu não sabia. Entenderam como uma espionagem. Apreenderam meu celular, o meu notebook, carro, tudo mais, para poder me investigar”, diz Anderson na mensagem.

Ele relata que, depois de quinze dias, as autoridades venezuelanas concluíram que o brasileiro era apenas um turista. No áudio, Melo diz que, após ter os pertences recolhidos, ficou “sem condições de entrar em contato”.

Familiares relataram que o brasileiro podia circular por Caracas. “Fui respeitado o tempo todo”, acrescentou em outra mensagem. Após reaparecer, o brasileiro contou com apoio da Embaixada do Brasil na Venezuela, segundo parentes.

Um irmão do brasileiro chegou a viajar para o país vizinho em busca de informações, mas retornou ao Brasil sem novidades sobre o paradeiro do desaparecido no fim da semana passada. Dias antes de deixar de manter contato com a família, Bonente fez publicações nas redes sociais em território venezuelano — em parte delas, ele aparece diante do Palácio Miraflores e chega a ironizar o regime de Nicolás Maduro.

A mobilização em torno do caso chegou a envolver autoridades do Judiciário. O Tribunal Regional Eleitoral do Pará, onde o irmão do desaparecido é servidor, afirmou, por meio de nota, na última sexta-feira, que “tão logo foi comunicado da situação pelo juiz da 50ª Zona Eleitoral”, procurou tomar providências.

Ofício ao TSE

O desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, presidente do TRE-PA, enviou um ofício à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Cármen Lúcia, para pedir orientações. Foi também solicitada uma intervenção perante o Itamaraty.

“O objetivo foi tentar uma assistência consular mais próxima”, diz a nota do TRE-PA enviada na ocasião, acrescentando que o presidente da Corte “entrou em contato com o ministro membro do Consulado do Brasil em Caracas, Breno Souza, que repassou todas as informações colhidas no local” para Gondim.

O Itamaraty e a Embaixada da Venezuela no Brasil foram contatos, mas retornaram até a publicação desta matéria.

Antes de desaparecer

Na Venezuela, Anderson chegou a fazer postagens que ironizam Nicolás Maduro, reeleito presidente em setembro numa disputa marcada por uma série de suspeitas de fraude. Antes mesmo de ele reaparecer, amigos já levantavam a hipótese de que ele pudesse ter sido detido pelo regime de Maduro por conta das publicações.

Ele aparece junto a uma bandeira da Venezuela na foto de perfil do Instagram. Anderson se apresenta como um viajante de carro e apreciador de um estilo de vida sobre quatro rodas.

Segundo Gisele Bonente, irmã do desaparecido, o brasileiro saiu de Belém (PA) no dia 7 de setembro. Cerca duas semanas depois, ele deixou de dar notícias.

“O meu irmão nunca se posicionou politicamente sobre a Venezuela aqui no Brasil. Realmente estava lá como turista, para conhecer o país”, disse Gisele ainda antes de o irmão ser localizado. As informações são do jornal O Globo.

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