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Política Governador de São Paulo deve se fortalecer para 2030, pois encarar Lula nunca é fácil, diz o presidente do PSD

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Recordista de prefeituras neste ano, o comandante do PSD avalia que as eleições mostram esquerda menor. (Foto: Alan Santos/PR)

Presidente nacional do PSD, que saiu das urnas como quem mais elegeu prefeitos, 878, em todo o País, Gilberto Kassab evita colocar o partido como postulante à Presidência da República em 2026 e acena a outras siglas que classifica como de “centro”, como o União Brasil — com quem costura uma aliança para disputar o comando da Câmara dos Deputados. Kassab defende ainda que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seja candidato à reeleição em São Paulo, em vez de embarcar na disputa contra Lula (PT), que “será candidato com certeza” e “não pode ser menosprezado”.

1) O PSD usará o número de prefeituras como ativo para lançar candidatura própria pela primeira vez à Presidência?

Se o PSD tiver candidato a presidente, hoje o nome é o do (governador do Paraná) Ratinho Jr. Mas também pode não ter. Em 2022, tínhamos nomes posicionados com alianças mais à direita, como o próprio Ratinho, e outros mais à esquerda, e por isso não lançamos. Se o Tarcísio concorrer, vou ponderar com o partido que o melhor seria apoiá-lo, mas o que eu vejo cada vez mais, pessoalmente, é uma preferência para que ele seja candidato a governador.

2) O que Tarcísio acha disso?

Ele tem dito que fica muito honrado com a lembrança, e não exclui nada, mas tudo leva a crer que vai optar pelo projeto do estado. Se ele perder a eleição presidencial em 2026, São Paulo perde também um grande governador. Ele pode chegar com mais musculatura em 2030, após oito anos de realizações e entregas no estado.

3) Em 2030, Tarcísio não teria a concorrência do ex-presidente Jair Bolsonaro?

Se tiver, que saia o melhor. Se for o Bolsonaro, aí Tarcísio pode ser vice. Mas não sei, acho que ele (Tarcísio) estará muito bem. Tarcísio é uma liderança inconteste da direita. Se houver dois líderes da direita no Brasil, são Tarcísio e Bolsonaro. Os partidos de centro vão preferir caminhar num diálogo com o Tarcísio, já que o Bolsonaro nunca quis dialogar.

4) O que te faz afirmar isso é a forma como o Ricardo Nunes (MDB) chegou ao segundo turno em São Paulo?

Sem dúvida nenhuma, sem querer desmerecer o Bolsonaro, mas o Tarcísio foi fundamental para essa ida do Nunes. Em vários momentos o Tarcísio foi tentado, instado a refletir para ter outro candidato, e ele foi muito firme com o Ricardo. Ele é o grande vencedor dessa eleição — ao lado do próprio Ricardo. Ninguém teve essa mesma participação, o Tarcísio é o pai da criança.

5) Há quem ache que o senhor deseja que Tarcísio concorra à reeleição para ser o vice dele em 2026. Isso procede?

Não procede. Eu já disputei muitas eleições, e gosto. Acredito que esteja preparado para voltar a disputar a qualquer momento, mas caberá ao Tarcísio, que é nosso líder em São Paulo, definir as alianças e composições.

6) Apesar de bons índices econômicos do governo, os apoios de Lula tiveram pouca relevância. O que esse cenário diz sobre o prognóstico para a força do próprio Lula em 2026?

Lula não pode ser menosprezado nunca. É um dos motivos para eu achar que o Tarcísio não deveria concorrer à Presidência. Enfrentar o Lula nunca é fácil. E a avaliação dele não é ruim, é regular — o que não é nada mal para alguém que há alguns anos estava numa situação muito difícil. Tenho certeza de que ele será candidato.

7) Com o PT mal, mas vencendo em capitais onde apoiou prefeitos bem avaliados de outros partidos, como no Rio e em Recife, esta eleição deixou algum recado ao Lula?

O Lula é o Lula, está acima dos partidos de esquerda. Mais do que nunca, ele entenderá a importância das alianças políticas. Ele não se envolveu muito nessa eleição, portanto qualquer desgaste será mais do PT do que dele. Caberá à direita, e ao centro que quer caminhar com esse campo, também definir logo um nome. Vejo o (governador de Goiás, Ronaldo) Caiado (União) disposto a ser de qualquer maneira, portanto ele larga na frente, caso eu esteja correto sobre o Tarcísio e considerando Bolsonaro hoje inelegível. É preciso saber se o (governador de Minas, Romeu) Zema (Novo) vai querer. A questão é que, em um país como o Brasil, não dá para definir candidato em cima da hora.

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https://www.osul.com.br/governador-de-sao-paulo-deve-se-fortalecer-para-2030-pois-encarar-lula-nunca-e-facil-diz-o-presidente-do-psd/ Governador de São Paulo deve se fortalecer para 2030, pois encarar Lula nunca é fácil, diz o presidente do PSD 2024-10-09
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