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Geral Eleições nos Estados Unidos: Kamala Harris explora dúvidas sobre a saúde mental de Donald Trump em sua campanha

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O ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris disputam a corrida pelo comando da Casa Branca. (Foto: Reprodução)

A apenas poucos dias da eleição nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump chamou a atenção na terça-feira ao passar mais de meia hora ouvindo e dançando suas músicas favoritas durante um evento de campanha em Oaks, no estado decisivo da Pensilvânia. A vice-presidente Kamala Harris, sua rival democrata, reagiu ironicamente nas redes sociais, comentando que desejava que o magnata estivesse “bem”, sugerindo que Trump está sutilmente mostrando sinais de declínio cognitivo para ocupar o cargo.

O movimento é semelhante, embora menos agressivo, ao que o próprio Trump e os republicanos fizeram contra o presidente Joe Biden, que acabou sendo pressionado a abandonar a disputa pela Casa Branca após uma série de episódios desconcertantes – com o ápice em sua performance errática num debate contra o rival – e questionamentos sobre sua saúde até mesmo entre os democratas.

Assim que Biden pulou fora da disputa, Trump, aos 78 anos, passou a ser o candidato mais velho indicado por um grande partido na História americana, e se tornaria o presidente mais velho de todos os tempos no país se vencer e completar mais um mandato aos 82.

Ao assegurar a vaga da candidatura democrata para si, Kamala passou a adotar a mesma estratégia que fora usada pelos republicanos contra Biden, ainda que sutilmente. Recentemente, a vice-presidente divulgou seus registros médicos, confirmando que tem a capacidade física e mental para exercer a Presidência, aumentando a pressão para que Trump faça o mesmo.

Em entrevista na segunda-feira, ela questionou por que a equipe de Trump evita divulgar esses dados. Mais de 230 profissionais de saúde favoráveis a Kamala assinaram uma carta pedindo que Trump revele seu histórico médico, apontando sinais preocupantes de declínio cognitivo. Até agora, no entanto, Trump se recusou a divulgá-lo.

O magnata veementemente rejeita as preocupações sobre sua saúde e insiste que passou por testes cognitivos recentes.

“Eu falo por duas horas sem teleprompter, e se eu disser uma palavra fora do lugar, dizem que estou cognitivamente comprometido”, reclamou em um comício recente, dizendo que seu estilo errático é uma estratégia de comunicação “brilhante” e intencional.

Politicamente, sua idade não o afetou tanto quanto afetou Biden, em parte porque o atual presidente aparenta fragilidade física, enquanto Trump ainda exala energia. No entanto, sua campanha se recusa a divulgar registros médicos, apontando apenas para uma carta de uma página publicada em julho por seu ex-médico da Casa Branca, afirmando que ele estava “bem” após ter sido atingido de raspão por uma bala em uma tentativa de assassinato em julho.

O porta-voz de campanha de Trump, Steven Cheung, afirmou nesta semana, após o episódio em Oaks, que o republicano tem mais energia e resistência do que qualquer político e o chamou de “o líder mais inteligente que o país já teve”. Cheung destacou ainda que Trump participa de vários eventos públicos diários e está mais “afiado e focado do que nunca”, superando Kamala em esforço e desempenho.

Profissionais de saúde mental têm observado os padrões sutis de comportamento apresentados pelo ex-presidente. O professor de psiquiatria Richard Friedman expressou ao jornal The Independent preocupação com o desempenho de Trump no debate contra Kamala em 10 de setembro, afirmando que ele “mostrou sinais comuns de declínio cognitivo”. O psicólogo Ben Michaelis concordou, embora não tenha examinado Trump pessoalmente, e sugeriu que Trump poderia estar apresentando “sundowning”, um fenômeno associado à demência, no qual a cognição piora ao anoitecer (o debate aconteceu à noite). Ele destacou que a dificuldade de manter o foco durante um debate noturno seria compreensível em um idoso comum, mas preocupante para alguém concorrendo à Presidência.

Adicionalmente, uma análise dos comícios, entrevistas, declarações e publicações de Trump em redes sociais revela sinais de mudança desde que entrou na política em 2015. Trump sempre foi disperso e muitas vezes indiferente à verdade, mas, com o passar do tempo, seus discursos se tornaram mais sombrios, agressivos, longos, irritados, menos focados, mais profanos e cada vez mais fixados no passado.

Segundo o jornal The New York Times, os discursos de Trump nos comícios agora duram, em média, 82 minutos, em comparação com 45 minutos de sua campanha em 2016. Proporcionalmente, ele usa 13% mais termos absolutos, como “sempre” e “nunca”, do que há oito anos, o que alguns especialistas consideram um sinal de envelhecimento. Da mesma forma, ele usa 32% mais palavras negativas do que positivas, em comparação com 21% em 2016, o que pode ser outro indicador de mudanças cognitivas. Além disso, ele usa palavrões 69% mais frequentemente do que na primeira vez que concorreu, uma tendência que especialistas chamam de desinibição. (Um estudo feito pela Stat, uma plataforma de notícias sobre saúde, encontrou resultados semelhantes.) As informações são dos jornais O Globo e The New York Times e de agências internacionais de notícias.

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