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Política Mais duas denúncias contra o ex-ministro Silvio Almeida

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Silvio Almeida foi demitido por Lula em setembro.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Silvio Almeida foi demitido do cargo pelo presidente Lula. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A Comissão de Ética da Presidência da República apura mais dois casos de denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O processo está sob sigilo e não foi possível identificar se as denúncias foram feitas por servidores.

Em nota, a Casa Civil da Presidência da República confirmou as duas novas denúncias, mas não deu mais detalhes. Silvio Almeida foi demitido por Lula em setembro após a organização me Too Brasil afirmar ter recebido denúncias de assédio sexual contra ele, que nega as acusações.

À época, ele afirmou que as denúncias eram “ilações absurdas”. Ele acrescentou ter acionado a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que façam uma apuração cuidadosa do caso. Almeida também apresentou uma interpelação na Justiça contra a Me Too Brasil para que esclareça quais os procedimentos adotados pelo grupo antes de divulgar a denúncia contra ele.

O caso é investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República desde então. Desde quando as denúncias de importunação sexual se tornaram públicas, o ex-ministro negou as acusações.

Uma das vítimas é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em entrevista, ela contou que pensou por meses se “havia feito algo que não deveria” enquanto sofria episódios de importunação sexual e que foi difícil processar o que aconteceu, já que o ex-responsável pelo Ministério dos Direitos Humanos é considerado uma voz relevante no movimento negro.

“Violência é violência, importunação é importunação e assédio é assédio, independentemente de quem faça. Isso não pode ser tolerado”, afirmou.

Quando perguntada sobre as notícias de que o ex-ministro teria a tocado por debaixo da mesa durante uma reunião, que aconteceu em 16 de maio de 2023, Anielle se emocionou.

“Não é normal a gente passar por isso em pleno 2024, independente de quem faça, sabe? Você tocar, assediar ou violentar o corpo de uma mulher é uma das coisas mais abomináveis que pode existir […] Anielle foi vítima. Mas Anielle, hoje, enquanto ministra de Estado, enquanto mãe, feminista, negra, irmã, tem uma responsabilidade também nesse lugar de combater e de fazer com que esse País vire um lugar melhor para todos nós”, comentou.

Anielle ainda contou que achava que essas importunações iam parar sozinhas e que, quando ela falasse, seria respeitada — o que não aconteceu, segundo a ministra.

“E esse foi o último momento em que eu tentei. Quando de fato mais uma barreira é rompida, mais uma fala ou desrespeito acontece. E aí eu entendi que não tinha como”, disse, complementando que Almeida era “bem desrespeitoso”.

Questionada sobre como se sente após ter feito as denúncias, Anielle disse que é uma “mistura de sentimentos”. “Ao mesmo tempo em que eu me senti invadida, vulnerável, exposta, eu também sinto uma gana danada de lutar por um lugar mais justo para mim e para você. Eu, Anielle, não permitirei que a minha história seja resumida à violência.”

 

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