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Luiz Carlos Sanfelice Lembranças que ficaram (45): Gettysburg – 242 palavras

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O Décimo Mês do Ano é carregado de eventos, de história, de simbolismos e significados, entre os quais os de alta conceituação popular, como o Dia da Criança e o dia da Padroeira do Brasil, Na. Sra. Aparecida e, também, quando, geralmente, no Brasil, acontecem as eleições políticas. Contudo, tem um que é fundamental, marcante, atinge toda a humanidade e desejado por todos e por qual, muitos lutam permanentemente, e por ela dão a vida, afirmando entre outras coisas que “mil vezes a morte do que um viver escravo”: A LIBERDADE.

A Liberdade, inerente ao ser humano, é universalmente instituída como um direito inalienável reconhecido pelo concerto das Nações Unidas, que não só se nasce com ele, mas como já a tem desde o ventre materno. Reconhecido universalmente, como o direito que você tem de tudo fazer, de tudo dizer, de tudo pensar desde que não perturbe ou iniba o direito de outrem. Você pode ir, vir, dormir, comer, viajar, caminhar, nadar, falar e se expressar quando quiser, DESDE QUE não perturbe, impeça, ofenda ou atinja os mesmos direitos das outras pessoas.

Um dos monumentos mais vistos, conhecidos e fotografados do mundo é a Estátua da Liberdade na pequena ilha Liberty Island, defronte a cidade de Nova York, nos EE.UU. Um monumento icônico e impactante lembrando a todos que aquele País preza e defende o pleno direito à liberdade.

Em 19 de outubro de 1863, no Cemitério Militar de Gettysburg, no fim da Guerra de Secessão que grassou em terras Americanas, originada pela defesa do direito de liberdade, o então Presidente dos Estados Unidos da América, Abraham Lincoln, pronunciou um discurso forte, histórico, sólido e definitivo, de apenas 242 palavras que consagrou a Liberdade como condição ‘sine qua non’ para o crescimento moral e desenvolvimento da prosperidade de um povo.

Neste recente último sábado, 19/10/24, esse notável discurso completou 161 anos. Lembrei, como uma lembrança que ficou, quando na sexta-feira, no mesmo dia em 1963, então alunos acadêmicos na Faculdade de Direito, comemoramos o Centenário desse acontecimento. Agora, para comemorar essa lembrança e, também, os 161 anos, e para que quem nunca o leu ou dele ouviu falar, transcrevo a seguir o que disse Abraham Lincoln, naquela ocasião:

“Há 87 anos, os nossos pais deram origem, neste continente, a uma nova Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais. Encontramo-nos atualmente empenhados em uma grande guerra civil, pondo à prova se essa Nação, ou qualquer outra assim concebida e consagrada, poderá perdurar. Eis-nos em um grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram suas vidas para que essa Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o façamos. Todavia, numa visão mais ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este local. Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes. O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram. Cumpre-nos, antes, a nós, os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão notavelmente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a nós, os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem a uma maior devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de Deus, renasça na liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desapareça da face da Terra.” (Abraham Lincoln)

No momento em que toda a Humanidade em todos os Continentes expõe emoções na tentativa de serem felizes e ter liberdade, fico feliz em trazer a todos um forte motivo para reflexão.

(Luiz Carlos Sanfelice – advogado jubilado, auditor – lcsanfelice@gmail.com)

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