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Economia Recursos para crédito imobiliário na Caixa estão perto do limite e novos pedidos começam a travar

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Faltando pouco mais de dois meses para acabar o ano, a Caixa Econômica Federal tem voltado atrás em pedidos pré-aprovados de crédito imobiliário. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Faltando pouco mais de dois meses para acabar o ano, a Caixa Econômica Federal tem voltado atrás em pedidos pré-aprovados de crédito imobiliário porque já usou 85% dos recursos disponíveis para 2024. O banco tinha orçamento de R$ 75 bilhões para contratações com recursos da Poupança (SBPE) e, até setembro, já realizou operações que consumiram R$ 63,5 bilhões. Com R$ 11,5 bilhões para novos investimentos até dezembro, clientes têm recebido negativas em negociações avançadas, com a justificativa de escassez de recursos, conforme relatos colhidos pela reportagem.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcos Brasiliano Rosa, reconheceu haver uma falha de comunicação das agências que alegam não ter mais recursos disponíveis, mas defende a atuação do banco, que concentra quase metade dos contratos de financiamento imobiliário do País.

A partir de novembro, o banco passará a financiar, com recursos do SBPE, imóveis com valor limitado a R$ 1,5 milhão. Também mudaram os porcentuais para a cota máxima de financiamento, de 80% para 70% para amortização pela tabela SAC e de 70% para 50% com sistema Price. “A Caixa não tem responsabilidade nem capacidade de absorver toda a demanda do País (no SBPE). As medidas que tomamos são para manter a taxa de juros, pelo menos até dezembro, e dividir o bolo com mais gente”, justifica.

Brasiliano argumenta que os saques líquidos da poupança e a mudança no prazo mínimo para as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) afetaram a capacidade de outros bancos na concessão de financiamentos. A própria Caixa recalibra as regras do financiamento imobiliário para tentar evitar uma elevação nos juros.

“Outros grandes bancos estão mais limitados na hora de conceder crédito. Eles restringirem é ‘normal’ e essa demanda, que já era excedente, ficou com a Caixa. Temos, também, um aquecimento do mercado, sem dúvida nenhuma”, acrescenta.

O Estadão/Broadcast recebeu um relato de um comprador que financiaria cerca de 15% do valor do imóvel, com vistoria paga e até com a confirmação da taxa de juros do financiamento. O correspondente bancário que tocava o negócio informou que a Caixa havia recuado no negócio. Esse profissional relatou dificuldades com o banco desde o final de setembro, com retenção de diversos processos.

A agência com a qual ele negociava o contrato informou que não tinha previsão para disponibilização de novos recursos e encerraria o processo, porque não havia fundos para viabilizar a assinatura dos contratos, mesmo os que já estavam prontos para serem finalizados.

Outro correspondente bancário relatou um cenário semelhante. Desde o início de setembro, várias agências alegam escassez de recursos para justificar o não prosseguimento de financiamentos aprovados. Esse profissional também notou o aumento da exigência de contratação de serviços adicionais, como seguro residencial, para que o processo avance.

As negativas também ocorreram com clientes que já pagaram antecipadamente por serviços adicionais, e não terão reembolso. Há opção de migração para outro banco, mas esses clientes se preocupam com o prazo, especialmente porque não se enquadrarão às novas regras a partir de novembro, o que não estava no radar no momento da compra.

“Acho que talvez também tenha muita desinformação até de dentro dos correspondentes e das próprias unidades”, responde Brasiliano, fazendo um mea culpa. Em relação ao trabalho dos correspondentes bancários, ele explica que há casos em que o cliente só tem o crédito aprovado, mas não o financiamento com o banco.

Sobre a cobrança de taxas, ele diz que a Caixa não vende serviços, apenas exige a avaliação na assinatura do contrato. “Se teve o pagamento de alguma avaliação, pressuponho que eles já estavam finalmente ali para poder ser contratado e vai ser contratado. Porque, senão, nem poderia ter a cobrança da taxa”, completa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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