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Política No Google e no TikTok, candidatos contrataram impulsionamentos que driblam proibições

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Declarações ao TSE registram mais de R$ 100 mil em despesas do gênero junto às empresas de tecnologia. (Foto: Alberto Ruy/TSE)

Apesar de o Google e o TikTok proibirem o impulsionamento de conteúdos nas eleições deste ano, candidatos declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais de R$ 100 mil para obter um alcance maior nessas redes, sendo a maior parte desse valor para o site de buscas.

Em relação ao Google, o que inclui o YouTube, foram declarados R$ 95.485,59 para “despesa com impulsionamento de conteúdos”. Já com o TikTok foram gastos R$ 9.511,74 para o mesmo fim.

De acordo com os registros do TSE, 66 candidatos declararam gastos com o Google e 10 com o TikTok. Destes, 14 foram eleitos. As despesas vão de R$ 31 mil até apenas R$ 23,99.

Na eleição deste ano, apenas a Meta (dona do Instagram e do Facebook) permitiu o impulsionamento, o que a levou a ser a principal fornecedora da eleição. A empresa já recebeu até agora R$ 114 milhões dos candidatos, mais de três vezes do que ganhou em toda a disputa de 2020.

Até 2022, o Google permitia o impulsionamento, mas a plataforma anunciou neste ano que não aceitaria o patrocínio. O motivo alegado foram novas exigências de transparências exigidas pelo TSE. O TikTok, por sua vez, já não autorizava a prática e manteve a decisão.

As regras do TSE são de que as plataformas devem disponibilizar um repositório de anúncios, que possa ser acompanhado em tempo real, com os valores dos anúncios e as características da audiência.

O candidato que mais usou o impulsionamento do Google foi Renato de Araújo Correa (PL), que pagou R$ 31 mil à empresa. Ele ficou em segundo lugar na disputa pela prefeitura de Angra dos Reis. Em nota, Renato afirmou que “a contratação da ferramenta foi realizada apenas após a devida autorização da própria plataforma” e que “não há qualquer vedação na legislação eleitoral que impeça o Google de atuar nas eleições municipais”.

Já o candidato Du (Avante) gastou R$ 18,3 mil e ficou em sexto lugar em Vitória. Sua campanha informou, também em nota, que apresentou 15 anúncios, dos quais cinco foram aprovados. O texto diz que a “proibição de impulsionamentos é um critério interno do Google, e não uma vedação legal” e que “os conteúdos submetidos estavam plenamente alinhados com as regras eleitorais brasileiras”.

Anúncios de ao menos 13 candidatos nas eleições deste ano estão disponíveis na Biblioteca de Anúncios do Google. É o caso de Felipe Esposito (PDT), que pagou R$ 3 mil ao concorrer, sem sucesso, a vereador em Santa Cruz do Sul (PDT). Ele afirmou que não sabia da vedação.

“Eu não fiz nenhuma artimanha ou alguma coisa do tipo. Eu tinha as contas da Google, cadastrei o meu CNPJ de campanha, foi pago pela minha conta de campanha. Foi tudo estritamente feito com toda a transparência.”

O ex-deputado Osires Damaso (Republicanos), que concorreu a prefeito de Paraíso do Tocantins (TO), gastou R$ 3 mil. Sua campanha afirmou que houve um “equívoco” de um “colaborador contratado” e que o erro só foi percebido quando parte dos anúncios foi rejeitada.

O Google informou esperar que “todos os anunciantes obedeçam a lei eleitoral e outras legislações vigentes no país” e disse que “quando encontramos violações às nossas políticas, agimos imediatamente”, mas não explicou se retirou anúncios irregulares e se pretende fazer isso com os que ainda estão disponíveis.

Ao apresentar um anúncio no Google, um candidato não precisa classificá-lo como político.

No TikTok, o maior gasto, de R$ 5 mil, foi da vereadora Ana Paula Reiter (Novo), de Indaial (SC), que não foi reeleita. Sua campanha informou que os anúncios foram rejeitados e que a conta foi suspensa, mas que não houve reembolso.

Em nota, o TikTok afirmou que suas políticas “deixam claro que não permitimos anúncios políticos pagos na plataforma”. Em relação às propagandas dos 10 candidatos, a empresa afirmou que “a absoluta maioria dos anúncios foi barrada antes de ser veiculada, e uma pequena parte que chegou a ir ao ar foi removida antes de 24 horas”.

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https://www.osul.com.br/no-google-e-no-tiktok-candidatos-contrataram-impulsionamentos-que-driblam-proibicoes/ No Google e no TikTok, candidatos contrataram impulsionamentos que driblam proibições 2024-10-24
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