Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2024
A maioria delas (23,4%), segundo o Censo Demográfico 2022, vive em cidades do Rio de Janeiro.
Foto: Paulo Pinto/Agência BrasilDe acordo com novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (dia 25), o Brasil tem 13,7 milhões de pessoas morando sozinhas, o que corresponde a 18,9% das mais de 72 milhões de residências do País. A maioria delas (23,4%), segundo o Censo Demográfico 2022, vive em cidades do Rio de Janeiro.
Na sequência, aparecem em destaque com grandes concentrações de lares unipessoais os estados do Rio Grande do Sul (22,3%) e Espírito Santo (20,6%).
O aumento mais significativo foi registrado no grupo de idade dos 25 a 39 anos. Em 2010, 8,3% dos indivíduos dessa faixa etária moravam sozinhos. Em 2022, essa cifra saltou para 13,4%. Apesar do crescimento entre adultos, esse tipo de casa é mais comum entre os idosos. Entre quem tem 60 anos ou mais, 28,7% vivem sós.
Destaques do Censo 2022
– Mulheres chefiam 49,1% dos lares brasileiros, enquanto homens estão à frente de 50,9% deles;
– Com percentual de 53,9%, Pernambuco é o Estado onde há mais mulheres no comando de seus domicílios;
– A maioria das habitações (43,8%) é chefiada por pessoas pardas;
– Lares com apenas um morador representam 18,9% das 72 milhões de unidades domésticas do País;
– Em 12 anos, o número de casais do mesmo sexo que moram juntos foi de 59 mil para 391 mil;
– A maior parte das residências com uniões homoafetivas está no Distrito Federal (0,76%) e a menor no Piauí (0,25%).
De acordo com o Censo 2022, atualmente, há 72 milhões de domicílios em território brasileiro, 15 milhões a mais do que em 2010. Apesar do avanço na quantidade de habitações, o número médio de moradores diminuiu. Enquanto no Censo anterior a média era de 3,7 pessoas por lar, no estudo mais recente essa cifra foi de 2,8 indivíduos por casa.
Apesar do crescimento, o número médio de moradores por unidade doméstica em 2022 era de 2,8 pessoas, o que mostra uma redução em relação a 2010, quando a média era de 3,3 pessoas por lar. No ano 2000, essa média era de 3,7. Os dados do Censo também apontam que, em 2022, mais de 28% das pessoas com 60 anos ou mais moravam sozinhas. Outros 21,7% dos idosos dividem moradias com outras pessoas.
Entre as pessoas responsáveis pelas residências em 2022, 50,9% eram homens (37 milhões) e 49,1%, mulheres (36 milhões). Houve mudança importante em relação a 2010, quando o percentual de homens chefes de família (61,3%) era consideravelmente maior que o de mulheres (38,7%).
Em dez Estados, as mulheres já são maioria entre os responsáveis pelos lares. Os estados que mais se destacaram foram:
– Pernambuco (53,9%)
– Sergipe (53,1%)
– Maranhão (53,0%)
– Amapá (52,9%)
Em 2022, segundo o IBGE, 57,5% das famílias eram formadas por cônjuge ou companheiro(a) de gênero diferente, uma redução em relação a 2010, quando esse percentual era de 65,3%. Já a proporção de pessoas do mesmo gênero que moram juntas aumentou de 0,1% em 2010 para 0,54% em 2022.
A proporção de pardos (43,8%) responsáveis por seus domicílios superou a de brancos (43,5%), pela primeira vez, em 2022. Em 2010, os percentuais eram, respectivamente, de 40,0% e 49,4%. Essa crescente acompanha o perfil de sociedade descrito nas análises do IBGE por cor ou raça, quando houve recorde de pessoas que se declaram pardas (45,3%) no país, frente a 43,5% de brancos.