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Política Vice-presidente do PT no Distrito Federal continuará preso por causa de suspeita de violência sexual contra adolescentes

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Defesa de Wilmar Lacerda nega crimes e diz que o político colabora com autoridades. (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado)

A Justiça decidiu que o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Distrito Federal, Wilmar Lacerda, deve continuar preso por suspeita de prática de crime de pedofilia. A determinação foi dada nessa sexta-feira (25) após audiência de custódia.

Lacerda vai para o Centro de Detenção Provisória (CDP), na penitenciária da Papuda. O político é investigado por suspeita de violência sexual contra duas adolescentes, de 13 e 17 anos. A investigação começou após uma denúncia contra um empresário do DF, amigo de Wilmar.

A defesa do político diz que a prisão é “alicerçada em equivocadas premissas e em fantasiosas deduções elásticas”. Além disso, os advogados apontam que Wilmar colabora com as autoridades e que vão entrar com pedido de habeas corpus.

O PT disse que Wilmar está afastado cautelarmente da sigla até “que se esclareçam os graves fatos noticiados”.

Wilmar Lacerda foi preso na última quinta (25) em uma via pública, a entrequadra (EQS) 204/205, na Asa Sul. A abordagem foi feita por três policiais que estavam com o mandado de prisão preventiva contra o político. O celular dele foi apreendido.

Lacerda foi suplente do senador Cristovam Buarque e chefe de gabinete da liderança do PT no Senado. Ele também foi secretário durante o governo Agnelo Queiroz no Distrito Federal.

Investigações

A operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), batizada de Predador, começou em agosto de 2024, com a prisão de um empresário, de 61 anos, amigo de Wilmar Lacerda.

O empresário, que está preso, é suspeito de aliciar e abusar de “dezenas de adolescentes, a maioria com 12 e 13 anos de idade”. Uma das vítimas, com 16 anos atualmente, contou que era abusada desde os 13 anos.

Os investigadores descobriram que o empresário organizava festas com meninas em uma chácara, em Brasília, e dava presentes para elas. A defesa do empresário conseguiu um habeas corpus à época e, após o homem tentar fugir, a prisão preventiva dele foi decretada.

O empresário ainda é suspeito de pagar as vítimas pela prática de sexo, chegando a dar R$ 1 mil para meninas virgens.

Em nota, o PT informou que Lacerda foi afastado cautelarmente do partido, “até que se esclareçam os graves fatos noticiados”, “garantindo a ele o exercício do direito de defesa nas instâncias competentes”. Algumas instâncias do partido, no entanto, exigem a expulsão imediata de Lacerda da sigla.

A Executiva da Juventude do PT-DF exigiu, em nota, a expulsão imediata de Wilmar Lacerda do partido. “Atitudes como essas não condizem com as bandeiras históricas do nosso partido”, afirmam.

“Fomos fundados por mulheres feministas que sempre enxergaram na política ferramenta vital para uma profunda transformação dessa realidade de violências e desigualdade de gênero que é imposta ao nosso país. Por isso, não é possível a compatibilidade de militantes que cometam atos que afrontem tais princípios tão caros ao Partido, mas em especial, a agenda de luta protagonizada pela juventude”, defende a nota.

A Secretaria de Mulheres do partido no DF também pediu a expulsão do vice-presidente. “Enfrentamos agressores em todos os níveis e reafirmamos nosso compromisso inabalável: não aceitaremos que qualquer membro de nosso partido participe ou seja conivente com a violência sexual contra crianças e adolescentes. Nossa luta em defesa dos direitos das mulheres, adolescentes e crianças é permanente”, afirmam em nota.

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