Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2016
O Ministério da Saúde informou na quarta-feira que pretende capacitar pais de crianças com suspeita de microcefalia e 7.525 profissionais para aprender a lidar com a malformação. Segundo a pasta, crianças que podem ter microcefalia também vão passar a receber estímulos sensoriais até os 3 anos de idade, sendo atendidas nos 1.543 centros de serviço de reabilitação.
As definições sobre como deve ser feito o atendimento estão compilados em uma diretriz divulgada pelo governo na quarta-feira. A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Para crianças que nasceram com nove meses de gravidez, a doença se apresenta quando o perímetro da cabeça é menor do que 32 centímetros – o esperado é que bebês tenham pelo menos 33 centímetros.
Segundo o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, o ideal é que as crianças passem a ser atendidas nos centros ainda no primeiro mês de idade. Nesses locais, elas vão receber acompanhamento para incitar os sentidos, por meio de brincadeiras, tratamentos e tecnologia assistiva (como bengalas ou cadeira de rodas). “A ideia é unificar a conduta [dos centros de serviço de reabilitação] e, mais que isso, ampliar a abrangência de profissionais capazes de atuar na estimulação precoce”, explicou Beltrame, referindo-se a especialistas como oftalmologistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.