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Política Maiores cabos eleitorais do País, Lula e Bolsonaro tentam fortalecer redutos e avançar em territórios rivais no segundo turno

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André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) disputam segundo turno pela Prefeitura de Fortaleza. (Foto: Reprodução)

As duas forças antagônicas da política brasileira, com projeto nacional de poder, irão travar uma disputa neste 2º turno que envolve um esforço para fortalecer seus redutos eleitorais e, ao mesmo tempo, avançar em territórios adversários. O duelo entre lulismo e bolsonarismo neste domingo (27) terá implicações no jogo de forças para a formação de palanques em 2026.

Após a frustração com o resultado no primeiro turno, o PT está otimista para a disputa em três das capitais em que o partido tem candidato no segundo turno: Fortaleza, Natal e Cuiabá. A corrida está acirrada nas três cidades, com candidatos petistas empatados dentro da margem de erro com adversários bolsonaristas.

Além delas, há chances matemáticas em Porto Alegre, segundo as pesquisas dessa última semana, mas com maior probabilidade de derrota petista.

Apesar do otimismo, dirigentes petistas têm receio de que as últimas pesquisas eleitorais não consigam captar um possível crescimento que candidatos da direita costumam ter na reta final.

Já o PL disputa o segundo turno em nove capitais. A cúpula do partido projeta vitórias em duas ou três capitais, além das já conquistadas no primeiro turno – Maceió, com João Henrique Caldas, e Rio Branco, com Tião Bocalom. Agora, o otimismo é maior em Aracaju, Cuiabá e Fortaleza e menor em Belo Horizonte, Goiânia e Palmas.

Fortaleza

Na capital cearense, Evandro Leitão (PT) disputa voto a voto com o deputado federal André Fernandes (PL). Antes mesmo do início das campanhas, Fortaleza já era a principal aposta do PT entre as capitais. A disputa, no entanto, se mostrou mais complexa e concorrida do que o previsto.

Os dois principais cabos eleitorais de Leitão são o governador Elmano de Freitas (PT) e o ministro da Educação e ex-governador, Camilo Santana, ambos petistas. A leitura dentro do PT é que os dois tiveram mais peso em angariar votos a Leitão do que o próprio presidente Lula, que chegou a visitar Fortaleza neste 2º turno.

Uma vitória na capital tornará o Ceará, que já é governado pelo PT, no principal reduto petista no País. Proporcionalmente, é o estado em que o PT elegeu mais prefeitos no primeiro turno – 46 de 184 municípios. De quebra, o resultado será visto como a cereja do bolo na derrota que a aliança PT-PSB impôs ao PDT de Ciro Gomes no estado – uma parte dos pedetistas, inclusive, declarou apoio a André Fernandes no 2º turno.

Dirigentes do PT avaliam que um resultado positivo em Fortaleza cacifaria Camilo Santana como um dos possíveis sucessores de Lula.

Para o PL, vencer em Fortaleza seria estratégico nos esforços para melhorar o desempenho da direita no Nordeste. A cidade é a maior da região, com 2,4 milhões de habitantes. Em 2022, Lula venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no município com ampla margem.

O presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, tem dito publicamente que o partido precisa melhorar o desempenho no Nordeste se quiser derrotar Lula futuramente, seja com Bolsonaro, que está inelegível, ou com outro candidato.

Aracaju

Outra capital em que Bolsonaro perdeu de Lula com ampla desvantagem e que agora pode ser conquistada pela direita é Aracaju. A candidata Emília Correia (PL) terminou o primeiro turno com 41,6% dos votos, bem à frente do segundo colocado – Luiz Roberto (PDT), com 23,9%.

Embora Emilia e André Fernandes, candidato à Prefeitura de Fortaleza pelo PL, sejam bem alinhados a Bolsonaro, ambos decidiram esconder o ex-presidente em suas campanhas, em função da alta rejeição dele nas duas capitais nordestinas. Bolsonaro rodou o país nos dois turnos, mas não fez campanha em Aracaju e Fortaleza.

Natal

O desempenho da deputada federal Natália Bonavides na corrida pela capital potiguar surpreendeu a direção do PT. Com uma campanha considerada combativa, Bonavides superou o candidato do PSD, Carlos Eduardo Alves, de família tradicional na política, e avançou ao segundo turno contra Paulinho Freire (União Brasil), também aliado de Bolsonaro.

Ela integra uma tendência minoritária do partido, a Articulação de Esquerda, que, como o nome já entrega, defende posições mais à esquerda do que a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil. As informações são do portal de notícias G1.

 

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