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Política Eleitor moderado derrotou candidatos que apelaram ao extremismo

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Os partidos de centro e de direita abocanharam 64% dos votos totais da eleição. A esquerda ficou com apenas 19%. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O eleitorado moderado acabou derrotando candidatos extremistas que jogaram sujo durante a campanha municipal.

Os candidatos que partiram para baixaria acabaram sendo rejeitados pela maioria dos eleitores nas suas cidades, apesar de atraírem um contingente expressivo do eleitorado.

Por exemplo, em Belo Horizonte, o candidato bolsonarista Bruno Engler, que fez uma campanha de baixo nível contra o atual prefeito Fuad Noman, perdeu a eleição.

O eleitor da capital mineira optou pelo nome de centro e derrotou o da extrema direita, que tentou colar na imagem do prefeito reeleito a pecha de pedófilo com bases falsas.

Em Goiânia, o governador Ronaldo Caiado foi duramente atacado pelo bolsonarismo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em campo pessoalmente para derrotar o candidato Sandro Mabel, que acabou vencendo e derrotando o candidato de Bolsonaro, Fred Rodrigues.

Ou seja, de novo o eleitorado goiano optou por um candidato de centro-direita e derrotou o da direita.

O mesmo aconteceu em Curitiba. O candidato do governador Ratinho Jr. (PR), Eduardo Pimentel (PSD), derrotou o nome da extrema-direita Cristina Graeml (PMB), apoiada no primeiro turno por Bolsonaro. Mais uma vez, o eleitor moderado não quis embarcar na canoa de uma extremista.

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, candidatos bolsonaristas, extremistas, perderam para candidatos mais ao centro.

Felipe Nunes afirma que isso mostrou líderes da direita derrotando o ex-presidente Jair Bolsonaro. Situação semelhante ocorreu no primeiro turno em São Paulo, quando o candidato da extrema-direita, Pablo Marçal, não foi para o segundo turno.

Divisão de votos

Os partidos de centro e de direita abocanharam 64% dos votos totais da eleição. A esquerda ficou com apenas 19%. Outras legendas com 17%.

Esses dados reforçam ainda mais o que tem sido visto nos últimos anos. A esquerda não consegue vencer sem alianças com o Centro.

Sem Bolsonaro no páreo em 2026, que hoje é inelegível, os partidos de centro podem ir para um candidato de direita mais moderado, como o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas.

No total de votos, entre votos dados a candidatos vencedores e perdedores, o PL ocupa o primeiro lugar, com 15,5 milhões de votos, seguido do PSD, com 14,3 milhões de votos.

O MDB aparece em terceiro, também com 14,3 milhões de votos. O PT teve 8,7 milhões de votos.

Em número de prefeituras, no entanto, o PL aparece em quinto na lista de prefeitos eleitos, 516. Neste quesito, a liderança é do PSD, com 887 prefeituras, seguido do MDB, com 855 prefeitos. (Valdo Cruz/G1)

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