Quarta-feira, 30 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2024
O ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, Paulo Pimenta, disse que o centro político do Brasil é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews, o ministro fez uma avaliação do desempenho do partido nas eleições municipais.
“O centro é o Lula hoje. O centro político do Brasil é o Lula. O centro se aglutina em todo do Lula e isolou a extrema direita. Esse é o resultado da eleição”, disse.
Pimenta ainda disse que Lula é maior do que o PT e que o governo federal e que não se pode comparar o presidente com Jair Bolsonaro (PL). “O governo é muito maior do que o PT. E Lula é maior do que o PT e do que o governo. Quando olhamos para a conjuntura do País, ninguém pode dizer que o Brasil tem dois extremos, um é Bolsonaro e o outro é o Lula. Lula é conciliador, um democrata que se relaciona de forma republicana com todos os setores da sociedade e que tem respeito às instituições. E pauta seu governo a partir destes valores.”
O recado que a eleição deixou para o PT, segundo o ministro, é que o partido precisa “reconectar os discursos com o povo e levá-los para outros territórios”. “Temos que ter humildade de fazer um balanço para ver o que precisa melhorar. Hoje, vivemos um processo de reafirmação.”
Nas eleições de 2024, o PT elegeu 252 prefeitos. Em São Paulo, seu berço político, o resultado foi o pior da história, com um desempenho pior do que nas eleições de 2016 e 2020, no auge da crise do PT, logo após o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão de Lula.
O PT venceu as eleições em quatro cidades paulistas: Mauá, Matão, Santa Lúcia e Lucianópolis. Somadas, as populações destes municípios chegam a 507 mil habitantes. Isso quer dizer que, a partir de 2025, o partido irá governar contingente populacional que representa apenas 1,1% dos 44 milhões de habitantes do Estado de São Paulo.
Temas como o empreendedorismo, que foram muito falados durante as eleições municipais, é algo que ele avalia que o partido precisa colocar em seus projetos para melhorar essa comunicação.
Contudo, Pimenta diz que o recado que as eleições deixam é a derrota da extrema direita. “O recado é a urna fala e a gente tem que saber ouvir. Temos que ouvir o eleitor. O grande recado foi a derrota da extrema direita. Ninguém questionou a urna [eletrônica], nenhum candidato que estava no 8 de Janeiro se elegeu, nenhum candidato lançado por Bolsonaro se elegeu. O recado é uma afirmação da democracia.”