Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2024
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), cobrou que o governo brasileiro auxilie Cuba, que enfrenta uma crise no sistema elétrico e destruição depois da passagem do furacão Oscar pelo país.
“Nosso governo também precisa entrar nessa corrente, com ações concretas”, escreveu a parlamentar no X (antigo Twitter). Na publicação, Gleisi também convocou os seguidores para uma campanha do PT intitulada “Ajude Cuba a se reerguer”. O partido diz, no texto da campanha, que Cuba sempre “estendeu sua solidariedade ao mundo” e que é hora de retribuir.
A dirigente partidária, também no X, criticou o bloqueio econômico ao país. “Mesmo sofrendo seis décadas com um bloqueio econômico cruel, imposto pelos EUA, o povo cubano sempre deu a mão a quem precisa, inclusive a nós, no Brasil”, escreveu Gleisi.
A campanha é apoiada por artistas, políticos e ativistas ligados à esquerda. Frei Betto, o ator José de Abreu, a ativista Marília Guimarães e o prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá (PT), estão entre os nomes.
Além de coletar roupas, pilhas, itens de higiene e alimentos em postos estabelecidos no Rio de Janeiro, em Porto Alegre, em Niterói, em Vitória e em Maricá, a campanha também é para doações em dinheiro. Os valores arrecadados serão passados diretamente para a Câmara Empresarial Brasil-Cuba.
Ajuda
O chanceler Mauro Vieira negocia com o governo cubano uma ajuda do Brasil para o abastecimento de combustível, diante da crise energética na ilha que deixou Cuba em um apagão nos últimos dias.
Na última segunda-feira (28), em Nova York, o ministro brasileiro esteve com o chefe da diplomacia cubana, Bruno Rodriguez Parrill, para tratar do assunto. A ideia é a de coordenar o envio de combustível. Vieira pretende coordenar a ação com o envolvimento de outros ministérios.
O chanceler ainda usou um debate na ONU, na terça (29), para fazer um apelo para que o governo norte-americano encerre as sanções contra Cuba.
“O Brasil sustenta firmemente que as únicas sanções legítimas no âmbito do direito internacional são aquelas adotadas pelo Conselho de Segurança, nos termos do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas”, disse Vieira, na Assembleia Geral da ONU.
“O Brasil reitera sua firme, categórica e constante oposição ao embargo económico, comercial e financeiro imposto contra Cuba”, disse.
Segundo ele, o embargo tem causado “sofrimento incalculável” ao povo cubano, tem impedido o desenvolvimento sustentável de Cuba e, como em muitos outros casos semelhantes, tem afetado principalmente os mais vulneráveis.