Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2024
As contas externas do Brasil registraram déficit de 6,5 bilhões de dólares em setembro. No mesmo período do ano passado, o saldo das contas correntes tiveram superávit de 268 milhões de dólares. O resultado foi divulgado no relatório de estatística do setor externo do Banco Central (BC) na terça-feira (29).
Nos doze meses encerrados em setembro de 2024, o déficit em transações correntes somou 45,8 bilhões de dólares, isto é, o equivalente a 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB).
A balança comercial brasileira teve superávit de 4,8 bilhões de dólares em setembro. No mesmo período do ano passado, o saldo positivo foi de 8,5 bilhões de dólares.
De acordo com o BC, as exportações de bens somaram 29 bilhões de dólares no mês, aumento de 0,3% em relação a setembro de 2023. Já as importações de bens totalizaram 24,2 bilhões de dólares, correspondendo a aumento de 18,4% na mesma base de comparação.
O déficit em renda primária aumentou 1,5 bilhão de dólares na comparação a setembro de 2023, totalizando 6,5 bilhões de dólares. Já a renda secundária registrou superávit de 181 milhões de dólares, redução de 133 milhões de dólares na comparação interanual.
O déficit na conta de serviços totalizou bilhões de dólares no mês, ante déficit de 3,5 bilhões de dólares em setembro de 2023. É um aumento de 44,4%.
Na comparação interanual, também cresceram as despesas líquidas de serviços de transportes, totalizando 1,5 bilhão de dólares (49,5%); de aluguel de equipamentos, alcançando 864 milhões de dólares (11,7%); de serviços de telecomunicação, computação e informações, totalizando 816 milhões de dólares (35,7%); e de serviços de propriedade intelectual, totalizando 741 milhões de dólares (27%).
As despesas líquidas com viagens internacionais aumentaram 16,2%, para 783 milhões de dólares. Segundo o BC, o dado é resultado da redução de 6,4% nas receitas, para 530 milhões de dólares, e de aumento de 5,9% nas despesas, para 1,3 bilhão de dólares.
Investimento direto
Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de 5,2 bilhões de dólares em setembro de 2024 ante a 5,1 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado.
De acordo com o relatório, os ingressos líquidos em participação no capital atingiram 3,7 bilhões de dólares, compreendendo 1,5 bilhão de dólares em participação no capital exceto lucros reinvestidos e 2,2 bilhões de dólares em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia somaram ingressos líquidos de 1,5 bilhão de dólares.
No acumulado de 12 meses, o IDP totalizou 70,7 bilhões de dólares (3,20% do PIB) no mês, ante 70,6 bilhões de dólares (3,19% do PIB) em agosto e 60,4 bilhões de dólares (2,87% do PIB) em setembro de 2023.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de 3,1 bilhões de dólares em setembro de 2024. O número é resultado de saídas líquidas de US$ 1,3 bilhão em ações e fundos de investimento e de ingressos líquidos de 4,3 bilhões de dólares em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em setembro, os investimentos em carteira totalizaram ingressos líquidos de 5,8 bilhões de dólares.
Reservas internacionais
No mês, as reservas internacionais somaram 372 bilhões de dólares, aumento de 2,8 bilhões de dólares em relação a agosto. O incremento decorreu, principalmente, de contribuições positivas de variações por preços (1,9 bilhão de dólares) e por paridades (1,5 bilhão de dólares).
As receitas de juros somaram 752 milhões de dólares. No mês, contribuiu para redução das reservas a liquidação de vendas à vista em 1,5 bilhão de dólares. As informações são da CNN Brasil.