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Economia Bolsa brasileira inicia mês de novembro com queda de 1,23%

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O volume financeiro no primeiro pregão de novembro somou R$ 21,758 bilhões. (Foto: EBC/Divulgação)

Diante das pressões das incertezas fiscais sobre o câmbio, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores (B3), começou o mês de novembro retornando ao nível do início de agosto. No primeiro pregão do mês, o índice recuou 1,23%, aos 128.120 pontos – o menor patamar desde 7 de agosto. O giro financeiro foi a R$ 21,8 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou perda de 1,36%, enquanto que no ano cai 4,52%.

A queda foi puxada pelo avanço nas taxas dos DIs e do dólar ante o real, em meio ao ceticismo sobre um pacote de medidas fiscais considerável e confiável para reduzir estruturalmente as despesas e alguma aversão a risco diante da eleição presidencial nos EUA na próxima semana.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,23%, a 128,120,75 pontos, tendo marcado 128.069,79 pontos na mínima e 129.902,2 pontos na máxima da sessão. Na semana, perdeu 1,23%. O volume financeiro no primeiro pregão de novembro somou 21,758 bilhões de reais.

“É mais do mesmo: ausência de decisões fiscais, do aguardado pacote de redução de despesas pós eleição que não saiu”, afirmou o gestor de uma empresa de previdência complementar, referindo-se à promessa da equipe econômica de medidas fiscais após as eleições municipais, que tiveram o segundo turno no dia 27 de outubro.

Ele destacou também o movimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que vêm avançando desde o mês passado, reflexo de cautela com o desfecho da disputa presidencial e de dados mostrando um quadro ainda de solidez da maior economia do mundo.

“Houve um otimismo exagerado na precificação de cortes de juros pelo Federal Reserve que está sendo ajustado para uma realidade de economia mais forte, enquanto a eleição entrou na conta mais recentemente”, acrescentou.

Cenário externo

Nesta sexta-feira, dados divulgados pelo Departamento de Trabalho norte-americano mostraram uma forte desaceleração na criação de vagas em outubro, mas agentes no mercado ponderaram eles não retratam a situação do mercado de trabalho naquele país, uma vez foram afetados por furacões e greves.

Foram abertos 12.000 postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, após 223.000 em setembro em dado revisado para baixo. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 113.000 vagas, com as estimativas variando de nenhum emprego adicionado a 200.000 posições criadas.

“O fraquíssimo número do payroll (criação de vagas) não deve ser tomado ao valor de face por conta dos eventos climáticos e greves”, afirmou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, acrescentando que a estabilidade na taxa de desemprego apoia a tese de que a atividade econômica permanece robusta.

A perspectiva que prevalece é de que o Federal Reserve reduzirá os juros em 0,25 ponto percentual na próxima semana.

Nesta sessão, o rendimento do Treasury de 10 anos chegou a ceder a 4,222% pela manhã, mas no final do dia marcava 4,3836%, de 4,284% na véspera. Mas o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, avançou, tendo ainda no radar os balanços de Amazon e Apple.

Para economistas do Bradesco, a eleição norte-americana será o principal evento da próxima semana. “A disputa está acirrada e ainda não está claro quem será o vencedor”, afirmaram, citando que participantes do mercado estarão atentos ao resultado do pleito e à incerteza que pode surgir de um anúncio tardio.

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https://www.osul.com.br/bolsa-brasileira-inicia-mes-de-novembro-com-queda-de-123/ Bolsa brasileira inicia mês de novembro com queda de 1,23% 2024-11-02
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