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Colunistas Avaliação psicológica x porte de arma

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O porte de arma confere um poder de autodefesa, mas também exige grande responsabilidade e autocontrole. (Foto: EBC)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A avaliação psicológica para a aquisição do porte de arma é uma prática que visa garantir a segurança individual e coletiva. O porte de arma confere um poder de autodefesa, mas também exige grande responsabilidade e autocontrole. Por isso, o processo de avaliação psicológica busca entender se o indivíduo solicitante possui o equilíbrio emocional, o discernimento e a estabilidade necessários para lidar com situações de pressão sem colocar a própria segurança e, a dos outros, em risco.

Possuir uma arma significa ter acesso a um recurso extremo que pode ter consequências irreversíveis. A avaliação psicológica busca identificar pessoas que demonstrem não apenas capacidades cognitivas e técnicas, mas também autocontrole e maturidade emocional. Este tipo de avaliação é utiliza testes psicológicos padronizados e entrevistas estruturadas, com o objetivo de identificar traços como impulsividade, agressividade ou instabilidade emocional, e como os mesmos podem se manifestar no comportamento de cada indivíduo.

A avaliação psicológica, mesmo sendo uma ferramenta valiosa, não é infalível. Ela analisa a saúde mental e emocional do indivíduo no momento em que é realizada, mas não pode prever comportamentos futuros com total precisão. Estamos em constante interação com o ambiente e sofremos mudanças significativas em nosso estado emocional ao longo do tempo, por isso, a renovação periódica dessa avaliação é muito importante. Além disso, a avaliação psicológica não deve ser vista como uma barreira, mas como uma medida de segurança que, somada a outras etapas, compõe um processo mais amplo e responsável.

É importante lembrar que a avaliação psicológica deve ser vista como mais uma camada de segurança e não a única, com objetivo de reduzir incidentes decorrentes da tendência em reagir de forma agressiva e impulsiva diante de situações específicas.

Por fim, cabe aqui a reflexão: o porte de arma vai além de um simples direito ou proibição, ele precisa ser analisado de forma ampla, porque conceder o porte ou não, implica diretamente na segurança de todos, sua, minha e do próprio indivíduo que busca o porte. Não se trata apenas de uma análise emocional, mas também social desse cenário.

Denise Luiza Francisquetti – Psicóloga e consultora em Gente & Gestão

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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