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Política Polícia Federal vai interrogar coronéis e general em fase final do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado no Brasil

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Esse será um dos últimos atos da investigação antes do relatório final ser concluído. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) vai interrogar cinco militares nesta quarta-feira (6). Os depoimentos serão prestados no âmbito do inquérito que apura a tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022. Esse será um dos últimos atos da investigação antes do relatório final ser concluído, o que acontece nos próximos dias.

Foram intimados quatro coronéis e um general do Exército que estão na mira dos investigadores por suposto envolvimento na tentativa de golpe. Nenhum deles chegou a ser interrogado até o momento. Conforme a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, o grupo é formado por militares da ativa.

Os interrogatórios consistem em mais um embaraço para as Forças Armadas, que, apesar de pressionadas por parte da caserna a defender seus quadros, têm deixado claro que respeitará todas as determinações da Justiça.

A atuação de militares na tentativa de golpe que tem Jair Bolsonaro como um dos principais personagens é uma das frentes mais robustas da investigação da PF.

Ainda conforme a coluna, um dos indiciados será o general da reserva Augusto Heleno, que foi ministro do governo passado. Ele chegou a ser intimado para depor, mas ficou em silêncio e, desde então, submergiu.

Nessa terça (5) foi ouvido o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão Bolsonaro, Ramagem é um dos investigados também no inquérito do golpe. Ele foi o aliado do ex-presidente que concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro e acabou derrotado no primeiro turno.

A coluna de Lauro do Jardim, no jornal O Globo, informou que Ramagem deve ser um dos indiciados na investigação, além do ex-presidente.

O deputado também é investigado em um outro inquérito que apura se a Abin, sob o comando dele, foi utilizada para fazer o monitoramento ilegal de alvos que eram desafetos do governo Bolsonaro. Dados das duas investigações foram compartilhados.

A principal linha de investigação da PF é que diversos órgãos do governo passado foram mobilizados para interferir na posse de Lula, como setores da Abin, Polícia Rodoviária Federal, Palácio do Planalto e das Forças Armadas.

Uma das principais provas elencadas pela PF é a discussão de uma minuta golpista em reuniões nos Palácios do Planalto e da Alvorada, no fim de 2022. Segundo a PF, o ex-presidente teria convocado os então comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para tratar sobre a aplicação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa e de sítio para impedir a transmissão o cargo a Lula, que havia ganhado as eleições naquele ano. Conforme as investigações, os chefes do Exército e da Aeronáutica se manifestaram contra o plano.

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