Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 7 de novembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Foi a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, quem soou a trombeta para que fossem chamados ao Planalto, para exercerem uma espécie de direito de defesa na reunião em que Lula (PT) definia com a equipe econômica a tesourada nos gastos públicos. A reunião começou com Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão). Ex-ministra do Planejamento, Miriam sabe que, sem os ministros alvos das medidas, o corte não anda.
Sobrou pra geral
Os ministros Desenvolvimento Social, Previdência, Saúde, Educação e Trabalho, chamados às pressas ao Planalto, reclamaram de “traição”.
Cama feita
Entre as opções da turma encabeçada por Haddad, tem ajustes no BPC, Fundeb e outros benefícios… mas ninguém foi avisado da intenção.
Sem embromation
O bicho pegou quando a solução dos ministros foi “combater fraudes”. Tebet explicou que só isso não seria suficiente. É corte mesmo.
Penduricalho
Sobrou até para “Bessias” da AGU, ausente, mas lembrado, que tenta engordar salário de sua turma com mais um privilégio: o auxílio-saúde.
Governo Lula reage mal à nova derrota da esquerda
Lula (PT) se demorou a cumprimentar o presidente eleito dos EUA, após insultar Donald Trump (R) e manifestar “preferência” pela candidatura afinal derrotada de Kamala Harris (D). Com idêntica cara de bunda, o ministro dos desacertos econômicos Fernando Haddad, cujo dever é zelar pelas boas relações com países que investem no Brasil, cometeu indelicadeza desnecessária, dizendo que o dia teria amanhecido “tenso”. A esquerda raivosa não captou o recado do Brasil que saiu das urnas.
Perdeu, mané
O silêncio inicial de Lula e a grosseria de Haddad mostram não haver caído a ficha na esquerda de que, outra vez em 2024, perdeu, mané.
Países têm interesses
Chefes de Estado e de Governo não podem ter “preferências políticas” nos países alheios, têm interesses a serem preservados ou viabilizados.
Muito parecidos
Assim como Lula ensaiou com Trump, o arqui-inimigo Bolsonaro fez erro idêntico, há quatro anos, demorando a reconhecer a vitória de Joe Biden.
Preferida dos ricos
Nos EUA, Kamala Harris só venceu o empresário Donald Trump entre os ricos. A democrata conseguiu 54% dos votos entre americanos com renda superior a US$ 100 (R$ 600) mil por ano.
Salazar reeleita
Foi reeleita a deputada republicana Maria Elvira Salazar, que defende cancelar o visto do ministro Alexandre de Moraes (STF) e demais autoridades que promovem atos de censura e perseguição política.
Duas caras
O senador Rogério Marinho (PL-RN) comparou ataques de Lula a Donald Trump ao novo discurso do petista, agora amigável ao presidente eleito dos EUA: “muda o discurso sem o menor constrangimento”.
Derrotas múltiplas
Para o cientista político Paulo Kramer, além de Kamala, os institutos de pesquisa foram os grandes derrotados nos EUA. “O duro é determinar em quem o povo americano menos confia”, diz. Incluindo a imprensa.
Intimidou, perdeu
Marcel van Hattem (Novo-RS) mandou às favas a Polícia Federal, que o aguardava para depor sobre seu discurso na Câmara. Chamou isso de intimidação e diz que não irá cumprir ordens ilegais.
Ninguém liga
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que já foi tão respeitada, passou vergonha divulgando vexatória carta a Lula pedindo corte das relações com Israel até que surja “uma Palestina livre”. Deu em nada.
BRB na F1
O BRB acertou em outra parceria, além do Flamengo, que fez disparar a clientela do banco. O piloto Gabriel Bortoleto, que marca a volta do Brasil à Fórmula 1, é patrocinado pelo BRB desde 2023.
Brasil derruba o Google
Após o Google apontar que o dólar teria atingido R$ 6,19, o maior site de buscas do mundo teve que retirar a cotação da moeda americana do ar. A “manutenção” afetou sites de finanças e câmbio em todo o Brasil.
Pensando bem…
…para agente da CIA, não importa quem é o presidente dos EUA.
PODER SEM PUDOR
Dama de vermelho
Primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden espantou os americanos no dia da eleição ao sair de casa vestindo vermelho, a cor republicana, e sugerindo possível voto no oposicionista Donald Trump. Ela sempre se manifestou inconformada com o Partido Democrata por humilhar seu marido substituindo-o na disputa presidencial. A primeira-dama fez lembrar a sabedoria do saudoso embaixador José Aparecido de Oliveira, que sempre recomendava aos políticos menos experientes: “Jamais conte suas brigas políticas em casa. Depois a gente se compõe com o adversário, esquece as desfeitas, mas as nossas mulheres, não; elas nunca esquecem”, enfatizava.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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