Quinta-feira, 07 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2024
Os eleitores norte-americanos elegeram 34 senadores nas eleições deste ano, o que representa um terço das 100 cadeiras do Senado.
Foto: ReproduçãoO Partido Republicano conquistou a maioria no Senado dos Estados Unidos, retomando o controle da Casa, que estava com os democratas desde 2020.
Os eleitores norte-americanos elegeram 34 senadores nas eleições deste ano, o que representa um terço das 100 cadeiras do Senado.
Até então, o Senado era composto por 51 democratas e 49 republicanos. No entanto, o Partido Democrata perdeu uma cadeira na Virgínia Ocidental com a vitória do republicano Jim Justice, e outra em Ohio, onde os republicanos derrubaram o senador democrata Sherrod Brown e elegeram Bernie Moreno.
Os esforços democratas para expulsar os republicanos Ted Cruz do Texas e Rick Scott da Flórida fracassaram. O inesperado campo de batalha de Nebraska, no entanto, empurrou os republicanos para a maioria.
Por lá, a senadora republicana Deb Fischer derrotou o novato independente Dan Osborn.
Uma das disputas mais assistidas ocorreu em Montana e foi decidida na manhã desta quarta (6). O democrata Jon Tester, um popular senador de três mandatos, perdeu para Tim Sheehy, apoiado por Trump, um ex-militar da Marinha que fez comentários depreciativos sobre os nativos americanos, um eleitorado importante no Estado.
Cada senador tem um mandato de seis anos, com eleições realizadas a cada dois anos para renovar um terço das cadeiras.
Com a nova maioria, o Partido Republicano assumirá o controle das pautas e decisões do Senado – um fator que pode influenciar diretamente as políticas da próxima presidência dos EUA.
Câmara
Na disputa pela Câmara, uma Casa que as pesquisas apontavam como perto de ser retomada pelos democratas, na soma de viradas e manutenções de mandatos, o cenário ainda é incerto, com um saldo levemente favorável.
Em Delaware, foi eleita a primeira deputada transgênero da História da Câmara: a democrata Sarah McBride derrotou o republicano John Whalen com quase 58% dos votos. Ela ocupava uma cadeira no Senado de Delaware desde 2020.
Entre alguns nomes conhecidos que conseguiram mais um mandato está a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez, uma das principais representantes da ala progressista do partido. Candidata da ala “extremista” do Partido Republicano a manter seu lugar na Câmara foi Lauren Boebert, que mudou de distrito eleitoral depois de uma vitória extremamente apertada na eleição de 2022.
Na frente republicana trumpista, também retorna para um novo mandato o deputado Matt Gaetz, da Flórida, responsável pela moção na Câmara que destituiu o então presidente da Casa, Kevin McCarthy, após ele costurar um acordo bipartidário para impedir a paralisia do governo, foi reeleito com 66,1% dos votos no 1º distrito da Flórida, um estado historicamente considerado pêndulo, que migrou em peso para Trump nesta eleição.
Marjorie Taylor Greene, outra trumpista de vanguarda — durante o processo de destituição de McCarthy, foi uma das principais defensoras da ideia de entregar a Presidência da Casa a Trump — foi reeleita com 64,4% dos votos no 14º distrito da Geórgia.
Na Pensilvânia, Scotty Perry, um dos deputados que dificultou que o Partido Republicano, mesmo com maioria na Câmara, indicasse candidatos de consenso do partido, venceu com 50,8% dos votos no 10º distrito do estado-pêndulo que era visto como “a joia da coroa” eleitoral. Ele foi um dos 20 deputados do partido que apoiaram a tentativa de Trump de reverter o resultado das eleições de 2020.