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Colunistas Safety in the work (8) – PPR: perigos respiratórios

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O conteúdo normal de oxigênio no ar é de 20,9 % por volume. (Foto: Freepik)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Capítulo VI – Perigos Respiratórios – 2ª Parte

* 1 – Deficiência de Oxigênio

O conteúdo normal de oxigênio no ar é de 20,9 % por volume. As concentrações de oxigênio abaixo de 16% não manterão a combustão e são consideradas inseguras para as exposições humanas devido aos efeitos danosas e mortais para as funções do organismo, dos processos mentais e de coordenação motora. Em condições de baixas concentrações de oxigênio, a perda da consciência pode ser imediata, sem nenhum aviso prévio e a morte pode ocorrer em poucos minutos. Considera-se que 16% de oxigênio no ar, no nível do mar, é o mínimo possível para uma exposição sem risco de vida para o ser humano, pois até esse limite e a esse nível, a pressão parcial dos pulmões é aceitável – apenas aceitável, sem esforço – e importante. Tenha-se, então, em mente que em altitudes acima do nível do mar e quanto mais altas forem, o limite mínimo será maior do que 16%. Quando e sempre que for necessário o uso de EPIs para PR, as normas indicam que esse mínimo seja de 17%. Na prática, usa-se o mínimo de 17,5% como segurança.

Ao avaliarmos as condições de exposição, é importante e essencial lembrar que a Deficiência de Oxigênio pode ocorrer em espaços fechados devido ao esgotamento do ar que nele havia, ou por outros gases que o consumiram ou ocuparam seu espaço, ou por fungos, processos de oxidação, enferrujamento, bactérias suspensas no ar ou por qualquer forma de consumo de oxigênio.
Existem pequenos e eficientes aparelhos, de bolso, medidores do percentual de oxigênio presente no ambiente, que recomendamos tê-lo sempre disponível e com sua célula de contato, com validade.

* 2 – Ar Carregado de Contaminantes (ar poluído)

Entre os Contaminantes de Ar, incluem-se partículas em forma sólida ou líquida, material em forma de gás ou gasoso, de vapores, ou uma combinação de ambos, gases e vapores e, ainda por partículas suspensas no ar.

* 2.1. – Perigo das Partículas:

As partículas podem classificar-se de acordo com suas características físicas ou químicas e os seus efeitos biológicos sobre o corpo humano. Seu tamanho indicado em diâmetro é medido em micron, onde 1 micron é igual a 1/25.400 avos de polegada e, saber sua medida, é de suma importância para a especificação do filtro mecânico que irá deter seu caminho para o pulmão. As partículas de menos de 10 microns de diâmetro, tem maior possibilidade de ingressar no sistema respiratório e as menores de 5 microns tem bem maior possibilidade de alcançar a profundidade dos pulmões e dos espaços alveolares. Quando os pulmões são saudáveis (não fumantes, p.ex.) as partículas entre 5 e 10 microns de diâmetro são, normalmente, expulsas do sistema respiratório pela ação de limpeza permanente e constante do epitélio ciliado do sistema respiratório superior. Entretanto, quando há uma exposição excessiva aos pós, um sistema doente ou com sua capacidade já reduzida, a eficiência da ação limpadora do epitélio ciliado, pode estar reduzida consideravelmente (e geralmente está – fumantes, mineiros, moageiros, borracheiros, soldadores, lixadores, faxineiros) e nesses casos serão requeridas ações especiais e redobrada vigilância médica.

* 2.2 – Classe das Partículas:

As diferentes classes de partículas contaminantes, suspensas no ar, as vezes chamadas de aerossóis ou aerodispersoides, podem ser classificadas conforme o princípio físico que as gerou, em:

— Pós: são as partículas geradas mecanicamente e, normalmente são
encontradas entre 0,05 e 10 microns;

— Neblinas: são as partículas líquidas e são encontradas, geralmente, em
tamanhos que vão de 5 a 100 microns;

— Vapores: são partículas sólidas condensadas, de diâmetro delgado e
geradas normalmente por metais fundidos ou vapore de metal
e são de tamanhos que vão de 0,1 a 1,0 micron;

— Fumos: são partículas geradas quimicamente, de origem orgânica e são
encontradas em tamanho de 0,01 a 0,3 microns;

— Organismos Vivos: são as Bactérias e Organismos suspensos no ar e seu
tamanho varia de 0,001 a 15 microns.

Na próxima sexta-feira, 15/11, seguiremos examinando as Partículas e vamos ver sua classificação de acordo com os efeitos biológicos sobre o ser humano.

Luiz Carlos Sanfelice – lcsanfelice@gmail.com

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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