Sexta-feira, 08 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2024
Aparelhos eletrônicos estavam em depósito da instituição e, segundo as investigações, foram desviados por um vigilante terceirizado.
Foto: DivulgaçãoA Polícia Federal (PF) realizou a Operação Simulata Custódia para investigar furto de itens eletrônicos apreendidos pela Receita Federal em Natal (RN). Entre eles, pelo menos 45 celulares foram desviados do depósito da instituição. Segundo nota da PF, um vigilante terceirizado é o principal suspeito do crime.
Os agentes cumpriram, na quarta-feira (6), mandado de busca e apreensão na residência do profissional da Receita Federal por ordem da 2ª Vara da Justiça Federal do Rio Grande do Norte. A investigação apontou que o vigilante se aproveitou do cargo para furtar os aparelhos sem chamar a atenção. Os celulares desviados eram vendidos pela internet com a ajuda da esposa do vigilante, com quem um dos aparelhos foi encontrado.
Pessoas que adquiriram os aparelhos sem saber de sua origem ilícita auxiliaram os agentes a provar a participação do casal no crime. Os compradores mostraram que os valores das vendas foram direcionados para os suspeitos, que também faziam as entregas pessoalmente.
Os crimes imputados aos investigados são de furto qualificado e receptação qualificada. As penas máximas em cada caso podem chegar a oito anos de reclusão e multa.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, também na quarta-feira, ocorreu a “Operação Entreposto”, uma ação para desarticular um esquema criminoso praticado por servidores da Receita Federal e empresários no Interior do Rio Grande do Sul. Eles são investigados por contrabando e desvio de mercadorias apreendidas em ações de fiscalização fazendária, além de vender os itens no mercado informal.
Cerca de 90 agentes da PF e 16 integrantes da Corregedoria da Receita percorreram endereços nas cidades de Santa Maria (Região Central do Estado), Pelotas (Sul), Lajeado (Vale do Taquari), Braga e Santo Augusto (ambas no Noroeste gaúcho). Também estiveram em Chapecó (SC).
Eles cumpriram nove ordens de prisão preventiva, e 15 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de 22 imóveis e 24 veículos. As medidas incluíram, ainda, o bloqueio de valores que totalizam R$ 37 milhões em contas bancárias.
A investigação teve como ponto de partida um alerta interno da Corregedoria à Superintendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul e que motivou abertura de investigação criminal pela PF. De acordo com a corporação, funcionários fraudavam registros para que apenas uma parte dos produtos apreendidos ingressasse no depósito de mercadorias da Delegacia da Receita em Santa Maria.