Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2024
Quando os Estados Unidos decidiram, nesta semana, que o ex-presidente Donald Trump retornaria à Casa Branca para mais quatro anos, a filha Ivanka Trump estava ao lado do republicano. Mas, apesar do engajamento na primeira corrida presidencial do pai, em 2016, e na campanha fracassada em 2020, ela não participou ativamente da segunda conquista eleitoral do magnata — e já indicou que não voltará à Ala Oeste da Casa Branca em 2025.
Fontes detalharam ao Page Six que Ivanka Trump e seu marido, Jared Kushner, “passaram os últimos anos se adaptando à vida em Miami e não têm planos de retornar à briga política”. Os dois vivem com os três filhos numa ilha artificial em Indian Creek, conhecida como “bunker dos bilionários”, onde moram também personalidades como Gisele Bündchen, Jeff Bezos e David Guetta.
Ivanka e Kushner, de 43 anos, se instalaram na Flórida depois dos anos de trabalho como “primeira-filha” e “primeiro-genro” em Washington, que lhes renderam, inclusive, acusações de nepotismo. Eles atuaram na primeira gestão de Trump como conselheiros, o que os fez “perder alguns de seus amigos mais liberais no processo”, disseram fontes ao Page Six.
Nos últimos anos, a filha mais velha do magnata republicano viveu uma mudança radical. Politicamente falando, sua ausência continua sendo um pouco misteriosa. Durante as duas campanhas anteriores de Trump à Presidência dos Estados Unidos, Ivanka participou nos comícios do pai e apareceu nos anúncios na TV e esteve ao lado dele no palco da Convenção Nacional Republicana — geralmente com o papel implícito de apelar ao eleitorado feminino.
Mas, há cerca de dois anos, quando Trump lançou a sua terceira campanha para a Casa Branca, Ivanka anunciou que ela e Kushner se afastariam da política para dar prioridade à vida familiar com os filhos. Assim, na potencialmente última campanha do seu pai, ela se tornou uma observadora quase silenciosa que parece não ter intenção de apoiá-lo publicamente.
Em sua campanha presidencial, o magnata construiu uma equipe de assessores e colaboradores baseada na lealdade, priorizando a confiança em cima da experiência política tradicional.
Seu círculo íntimo é formado por familiares, como seu filho Donald Trump Jr. e sua nora Kimberly Guilfoyle, que desempenham papéis fundamentais em suas estratégias de comunicação pública. Além disso, inclui antigos aliados e parceiros de negócios que compreendem a sua abordagem e partilham o seu estilo direto, caracterizado por uma retórica desafiante e pouco convencional.
Esta equipe também inclui personalidades da mídia e especialistas em marketing, que ajudam a projetar sua mensagem de forma eficaz, aproveitando seu conhecimento sobre o impacto nas redes sociais e no público americano. Trump demonstrou uma clara preferência por manter esse círculo fechado, limitando a participação de estranhos e minimizando os conselhos de figuras tradicionais do Partido Republicano.
Em vez de confiar em consultores de carreira convencionais, optou por um grupo que, embora nem sempre siga as diretrizes políticas formais, compreende a sua visão e está disposto a acomodar as suas decisões rápidas e impulsivas. Essa abordagem reflete o seu estilo de liderança confiante, baseado na unidade e na lealdade de indivíduos em quem confia plenamente.