Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2024
Foi no primeiro debate de pré-candidatos republicanos à presidência dos EUA, em meados de 2023, que o bilionário Vivek Ramaswamy ganhou holofotes. Filho de indianos e radicalmente anti-imigração, ele desbancou os então favoritos Donald Trump e Ron DeSantis e saiu vitorioso do embate, ganhando o apelido de o “novo Trump”.
Mas, logo depois, Ramaswamy acabou desistindo da corrida e declarou apoio à Trump.
Na terça-feira (12), veio a recompensa: Donald Trump anunciou que Vivek Ramaswamy comandará um novo departamento do governo dos EUA ao lado de ninguém menos que Elon Musk. Os dois serão os responsáveis pelo Departamento de Eficiência Governamental.
Ramaswamy, que fez fortuna na área de biotecnologia, é um novato na política. No ano passado, disse inclusive não gostar do tema e afirmou que não votou para presidente dos EUA por 15 anos — o voto não é obrigatório no país.
Com tiradas debochadas e um discurso que segue a cartilha da ultradireita, Vivek Ramaswamy tem como principal bandeira o discurso anti-imigração, embora seja filho de indianos que foram morar nos EUA quando jovens.
Trajetória
Vivek Ramaswamy entrou na política financiado por ele próprio. Aos 38 anos, é um empresário bilionário da área de biotecnologia, e inclusive já escreveu livros sobre o assunto. Vive em uma mansão no estado de Ohio, onde nasceu e cresceu.
Seu pai era um engenheiro e advogado de patentes e foi morar nos Estados Unidos para trabalhar na General Electric. Já sua mãe era psiquiatra – apesar de ser filhos de imigrantes, ele defende a deportação de todos os que entram no país de forma irregular.
Ele fez fortuna após abrir uma empresa de biotecnologia e é formado em biologia pela universidade Harvard. Em 2022, também fundou uma empresa de gestão de ativos.
Após decidir entrar na política, ele se filiou ao Partido Republicano e começou a adotar um discurso ultraconservador. Ao mesmo tempo, no entanto, gosta de se apresentar como um político jovem, risonho e descontraído.
Se diz amante de rap, um estilo musical com discurso geralmente associado às pautas do Partido Democrata — pelas redes sociais, circula até um vídeo no qual ele canta um rap e dança em um palco quando ele era estudante de Harvard.
No ano passado, ao ser questionado por jornalistas sobre se via ambiguidades em suas ideias e as defendidas em letras de músicas de rap, ele justificou que, assim como vários cantores do gênero, se sente um “outsider” (excluído, em uma tradução livre).
Ele também costuma se definir como um “anti woke”, em referência ao termo “woke” que define jovens dos Estados Unidos engajados em diversos temas sociais, políticos e ambientais. E já disse lamentar que os EUA tenham se tornado “um país cheio de vítimas”. As informações são do portal de notícias G1.