Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2016
Sol, praia e um verão que promete ser o mais quentes dos últimos anos, com temperaturas extremas e que devem superar facilmente a sensação térmica de 40 graus. Para quem está em férias, o cenário é tentador. O problema é que esses três fatores, aliados, à proteção inadequada, são determinantes para o surgimento de um vilão: o câncer de pele.
Para evitar a doença, os cuidados têm de ser diários e para sempre. Isso porque a radiação solar é cumulativa. “Ou seja, toda a radiação solar exposta à pele durante a vida é armazenada”, explica Gilles Landman, médico patologista e integrante da Sociedade Brasileira de Patologia. A falta de proteção solar na infância pode provocar problemas em pouco tempo. Além disso, a falta de proteção no dia a dia, mesmo para quem trabalha ou por outro motivo fica exposto ao Sol por muito tempo, pode causar prejuízos irreversíveis nos casos mais graves.
O empresário Marcos de Souza Carvalho, 38 anos, por exemplo, desde jovem ia à praia e andava durante horas de jetski sem qualquer tipo de cuidado com a pele. No ano passado, ele removeu um câncer benigno (carcinoma basocelular) – o mais comum entre pessoas com a doença – no lado esquerdo do peito. “Quando me peguei olhando para a mancha mais de uma vez, resolvi procurar um médico porque algo estava errado”, contou. “É fundamental conhecer o seu corpo e procurar um médico ao perceber um problema que não existia antes”, afirmou Landman.
O segundo tipo de doença mais prevalente também é benigno, o carcinoma espinocelular. Assim como o que atingiu Carvalho, após a remoção total o paciente está curado. “Nesses casos, o diagnóstico precoce é fundamental”, explicou a dermatologista especialista em oncologia Gisele de Barros. Há ainda o tipo de câncer mais grave, o melanoma. Apesar de atingir um percentual baixo, menos de 5% dos pacientes, é preciso ficar atento porque ele pode evoluir para o estágio mais grave da doença, a metástase – quando o tumor atinge outras partes do organismo.
Cuidados.
Não basta apenas filtro com fator de proteção solar superior a 30 para se proteger. O uso de chapéu, bonés e óculos escuros são fundamentais para evitar o contato direto com os raios ultravioletas, que também podem penetrar por meio da retina. “Esse [o câncer de pele] é um dos poucos em que o cuidado que pessoa tem ao longo da vida é determinante no aparecimento da lesão. Se alguém com tendência a desenvolver a doença tomar todos os cuidados necessários, pode evitar a patologia”, afirmou o dermatologista Claudio Wulkan. (DSP)