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Política “Ele disse que ia a Brasília a passeio”, diz irmã de homem-bomba morto na Praça dos Três Poderes

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O chaveiro, de 59 anos, morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O chaveiro, de 59 anos, morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Irmã de Francisco Wanderley Luiz, morto na quarta-feira (13) após explodir uma bomba junto ao seu corpo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, Maria Irlete Luiz afirmou que ele deixou sua cidade, Rio do Sul (SC), há cerca de dois meses, dizendo que iria fazer uma viagem a passeio.

O chaveiro, de 59 anos, morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Minutos antes, ele acionou bombas que estavam em seu veículo, nas imediações da Câmara dos Deputados. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Maria Irlete estava em choque, processando a morte do familiar:

“Ainda não me caiu a ficha, fomos pegos de surpresa. Eu não queria acreditar que meu irmão morreu”, disse ela.

A irmã relata conta que o Francisco Wanderley mandava mensagens com frequência para informar sua localização.

“Ele só foi a passeio, meu Deus. Ele mandava mensagens para mim dizendo que estava no Chile, depois foi para Minas e depois Brasília. Mas disse que foi a passeio”, completou.

Já a ex-mulher do catarinense disse para agentes da Polícia Federal (PF) que ele declarou intenção de “matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.

Ainda segundo relato da ex-mulher, o ex-companheiro chegou a fazer e compartilhar pesquisas no Google para planejar o ataque. Ao receber os registros, Daiane afirma que teria perguntado: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”.

Em depoimento à Polícia Civil, um vigilante do Supremo relatou ter presenciado o momento em que o homem explode as bombas no local. Nataniel Camelo afirma que Wanderley se aproximou e ficou parado em frente na estátua da Justiça.

“O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”, diz trecho do Boletim de Ocorrência.

Ainda segundo o depoimento, o vigilante visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. O segurança relatou que estava sozinho quando o homem se aproximou. As explosões na Câmara e no STF ocorreram em momentos bem próximos.

“O indivíduo deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”, afirma o BO.

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