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Economia Futuro presidente do Banco Central diz que as eleições nos EUA agregaram muita volatilidade aos mercados

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Indicado pelo presidente Lula, Galípolo comandará o Banco Central entre 2025 e 2028

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Indicado pelo presidente Lula, Galípolo comandará o Banco Central entre 2025 e 2028. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O diretor de Política Monetária do Banco Central e futuro presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, voltou a dizer que as eleições norte-americanas agregaram muita volatilidade aos mercados.

Galípolo recordou que, no começo deste ano, já havia a expectativa de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e que se chegou a precificar seis reduções em 2024.

“Mas aí, logo no primeiro trimestre, os dados econômicos saem e demonstram uma maior resiliência e maior dinamismo por parte da economia norte-americana, e a gente assiste a uma postergação desse início de cortes”, explicou, salientando que o Fed (o Banco Central dos EUA) passou a ficar mais dependente desses dados.

No segundo semestre, conforme o economista, parece que, de novo, iriam se reunindo as condições para o início do ciclo de corte, mas se aproximavam as eleições norte-americanas.

“Começa a existir certa sobreposição de uma expectativa do que seria esse início de corte, como é que isso poderia se comportar, o que seria uma taxa de juros terminal, qual seria o ritmo de corte, em que reunião se iniciaria, quais os possíveis desdobramentos pelo resultado da eleição”, afirmou.

De acordo com ele, trata-se de um quadro realmente mais desafiador do que se imaginava, por exemplo, no começo deste ano para países emergentes: “O cenário global demanda cautela, especialmente da autoridade monetária do Brasil”.

As declarações foram dadas nesta semana durante um evento em São Paulo. Indicado pelo presidente Lula, Galípolo comandará o Banco Central do Brasil entre 2025 e 2028.

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