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Política Ameaças ao Supremo foram recorrentes desde o quebra-quebra em Brasília até o homem-bomba

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O ministro Alexandre de Moraes é o principal alvo deles. 

Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes é o principal alvo deles. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) registra, por dia, uma média de três mensagens e manifestos de ataques de ódio aos ministros e à Corte desde o 8 de janeiro de 2023. O ministro Alexandre de Moraes é o principal alvo deles. Esse conteúdo, que passa de mil ameaças registradas desde a invasão e depredação do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, chega de diversas maneiras ao tribunal: desde e-mails e cartas a embalagens com objetos e até fezes.

Todo o material é investigado e, quando suspeito de conteúdo ameaçador, levado para uma sala de segurança. Lá é aberto antes de ser encaminhado aos gabinetes. Já a origem das mensagens eletrônicas passa por investigação quando enviadas de diferentes endereços de e-mails criados com essa finalidade.

Após o ataque ao STF na noite de quarta-feira (13), a Corte já recebeu oito e-mails enaltecendo e celebrando o episódio. As mensagens celebram a ação de Francisco Wanderley Luiz, o “homem-bomba” que atirou explosivos em direção ao Palácio do Supremo e se matou seguida próximo ao monumento A Justiça, na Praça dos Três Poderes.

A hostilidade direcionada aos ministros ganhou força durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele mesmo fazia declarações públicas contra os magistrados e as decisões tomadas pelo Supremo. Essa postura também foi adotada por apoiadores e aliados. Mais de 5.000 pessoas são monitoradas pelos serviços de inteligência das Polícia Judicial, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

No dia seguinte ao atentado, a segurança do Palácio do STF foi reforçada e o acesso ao edifício-sede e aos anexos do tribunal foi bastante dificultado. Os gradis, que haviam sido retirados em um ato simbólico na Praça dos Três Poderes em janeiro deste ano, voltaram a isolar todo o entorno dos quatro prédios que formam a Corte.

Além de servidores e colaboradores do tribunal, somente jornalistas credenciados conseguiram acessar o prédio. Na sessão de julgamento em plenário, só as partes envolvidas nos casos pautados puderam entrar. As residências dos 11 ministros voltaram a passar por processo de varredura, ação de rotina, já que todas elas contam com segurança fixa e diária.

No tribunal, a avaliação é de que não houve falha na segurança que permitiu a aproximação de Francisco Wanderley Luiz ao Supremo.

“Não houve falha alguma na segurança, pelo contrário. A polícia judicial e os agentes de segurança prontamente interceptaram a pessoa”, afirmou o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. “Foi muito corajoso nosso policial judicial, porque mesmo depois que o sujeito falou que estava com explosivos, ele fez a abordagem que deveria fazer” defendeu.

 

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