Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2024
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (19) que escolheu o médico Mehmet Oz para comandar os programas de assistência à saúde. O profissional é uma celebridade no país, tendo uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
Conhecido apenas como “Dr. Oz”, o médico ficou conhecido por fazer participações em programas da apresentadora Oprah Winfrey, além de ter uma atração própria na TV.
Filiado ao Partido Republicano, o médico chegou a tentar uma vaga no Senado americano pela Pensilvânia nas eleições de 2022, mas acabou sendo derrotado. No governo dos Estados Unidos, ele trabalhará em conjunto com o futuro secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr.
“Dr. Oz será um líder em incentivar a prevenção de doenças, para que obtenhamos os melhores resultados do mundo para cada dólar gasto com saúde em nosso grande país. Ele também eliminará desperdícios e fraudes dentro da agência governamental mais cara do nosso país”, anunciou Trump.
Formado em medicina pela Havard College, Dr. Oz também trabalhou como professor de cirurgia na Universidade de Columbia. Ele patenteou dispositivos e procedimentos para operações cardíacas e publicou livros que se tornaram best-sellers.
Durante a pandemia de Covid-19, o médico se tornou um dos principais conselheiros de Donald Trump. Enquanto isso, na TV ele promoveu a utilização da cloroquina e a hidroxicloroquina, mesmo não havendo evidências científicas de que o medicamento era eficaz contra a doença.
No ano de 2021, um artigo do jornal “The New York Times” afirmou que Dr. Oz fazia com frequência afirmações “precipitadas baseadas em evidências superficiais”. Em muitos casos, as recomendações midiáticas do médico foram desmentidas por estudos.
Segundo o jornal, no ano de 2013, ele chegou a dizer que mulheres que carregavam o celular no sutiã poderiam ter câncer de mama, mesmo sem estudos científicos sobre o assunto.
No ano seguinte, o British Medical Journal analisou 80 recomendações feitas pelo médico em um programa de TV. De acordo com o levantamento, menos da metade possuía embasamento científico.