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Notícias Caciques do grupo e aliados de Bolsonaro, Arthur Lira, Valdemar e Ciro Nogueira silenciam sobre revelações da Polícia Federal

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Presidente da Câmara não se manifestou sobre o caso. (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Dois dias depois das revelações feitas pela Polícia Federal (PF) que mostram que agentes das Forças Armadas planejavam matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o Centrão segue em silêncio sobre o caso.

Na última terça-feira (19, a PF deflagou a Operação Contragolpe, para prender o grupo suspeito de querer dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022.

No dia da ação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não quis falar com a imprensa e também não divulgou nota sobre o assunto. A posição difere da do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que pediu “o rigor da lei” para punir os golpistas.

Mas não foi só Lira que se calou diante das revelações da investigação. O presidente do PP e ex-ministro do governo Bolsonaro, senador Ciro Nogueira (PP-PI), conhecido por ter posicionamentos firmes e se manifestar cotidianamente, também segue em silêncio.

Na mesma linha, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também segue sem comentar o assunto. O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os três políticos foram próximos do governo Bolsonaro.

Em campanha para presidir a Câmara e o Senado, respectivamente, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) também seguem em silêncio sobre as revelações da PF. Os dois são favoritos para vencer a disputa.

Ambos já têm o apoio do PL com a chancela do ex-presidente Bolsonaro e estão em franca campanha para a eleição de fevereiro no Congresso. Motta, por exemplo, a convite de Lula, participou do jantar para o presidente da China, Xi Jinping, no Palácio do Itamaraty, nessa quarta-feira (20/11).

Bolsonaristas

Os dois filhos de Bolsonaro com mandato no Congresso tentam minimizar as revelações. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais para declarar que “pensar em matar alguém não é crime”.

Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a defender a anistia para os envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro.

“Parece muito mais a criação de uma narrativa para tentar dizer que existe um risco real a democracia, quando não existe. Até quando vão continuar com essa narrativa? Até quando vão continuar com essa tensão? É isso daí que coloca o Brasil nessa polarização. Isso só mostra a necessidade que a gente tem que colocar uma anistia para passar uma pedra nessa página da história do Brasil”, disse o deputado a jornalistas.

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