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Política Bolsonaro disse que não pode “esperar nada de uma equipe que usa criatividade” para denunciá-lo e atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo

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Para Bolsonaro, Alexandre de Moraes "faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa". (Foto: Reprodução de vídeo)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não pode “esperar nada de uma equipe que usa criatividade” para denunciá-lo e atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro compartilhou no X (antigo Twitter) a entrevista concedida por ele ao colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, logo após a confirmação do indiciamento. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa”, disse, sobre o relator do inquérito. Segundo ele, o ministro “faz tudo o que não diz a lei”.

O ex-presidente afirmou vai aguardar o advogado dele para entender o indiciamento e esperar o encaminhamento do relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR). “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou sobre o indiciamento de seu aliado e defendeu que a investigação mostre “a verdade dos fatos”. Ele, porém, evitou ataques à PF ou ao STF. “Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia”, afirmou o governador na rede social X.

PGR

O ministro Moraes vai remeter nesta segunda-feira (25) à PGR o relatório final do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder mesmo com a derrota na eleição de 2022.

De acordo com fontes próximas a Moraes, o ministro não deve levantar o sigilo do relatório final – diferentemente do que aconteceu com as investigações da fraude dos cartões de vacina e dos desvios de joias e outros itens do acervo presidencial – Bolsonaro também foi indiciado nos dois.

O entendimento do magistrado, segundo esses auxiliares, é que a manutenção do sigilo sobre o material, neste caso, favorece o que chamam de “trabalho tranquilo” da equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A determinação de Gonet é, assim que receber o relatório final do golpe, “analisar tudo em conjunto, ver como tudo se encaixa”.

O procurador-geral da República já tem um farto material dos inquéritos das vacinas e das joias do acervo presidencial. O inquérito do golpe, agora concluído, abarca essas investigações e ainda apurações sobre fake news, milícias digitais e tramas golpistas ocorridas antes e depois das eleições de 2022.

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