Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2015
Uma em cada três pessoas disse já ter comprado mercadoria proveniente de contrabando, segundo pesquisa Datafolha realizada em 143 municípios de todo o País. As justificativas estão ligadas ao custo menor, ainda que as desvantagens sejam reconhecidas pela população, principalmente nos quesitos qualidade, garantia e falta de procedência confiável.
Por isso, nove entre cada dez brasileiros (92%) acreditam que se os preços dos produtos brasileiros fossem mais baixos, os consumidores deixariam de adquirir produtos de origem ilegal.
Consultados sobre prós e contras dos produtos contrabandeados, 53% afirmou que o preço mais barato é a principal vantagem. O segundo ponto mais citado, por 9%, é o fato de o produto não pagar imposto. Em seguida aparecem a facilidade de adquirir o produto em qualquer lugar (3%), o lucro obtido pelos vendedores (3%) e a qualidade superior (2%). Uma parte significativa da população (37%) disse não ver nenhuma vantagem nos produtos contrabandeados.
Em relação às desvantagens, a qualidade foi citada por 43%, seguida por falta de garantia (33%), o fato de ser ilegal (18%), sonegação de impostos (8%), prejuízos à economia do País (6%), falta de confiança na procedência (3%) e preço (1%).
A maioria dos entrevistados concordou que os produtos contrabandeados são mais baratos porque não pagam os impostos devidos (89%), porque eles não precisam se submeter às normas da fiscalização brasileira (87%) e porque são feitos com material de qualidade inferior (77%).
Uma parcela de 60% da população não sabe reconhecer produtos contrabandeados. Entre os que nunca compraram
esse tipo de produto, a fatia dos que não os diferenciam dos demais chega a 68%, e cai
para 45% entre os que já compraram.
Combate
A eficiência de algumas medidas de combate ao contrabando também foram avaliadas. A medida considerada mais eficiente é o reforço no policiamento de fronteiras, indicado por 37%. Em seguida aparece o endurecimento das penas para o crime de contrabando (23%), um programa de incentivo à geração de empregos nos dois lados da fronteira (17%), a criação de um Centro de Inteligência Brasil-Paraguai (11%) e fechamentos pontuais na fronteira para o comércio (9%). (AG)