Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 27 de novembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A carta de desculpas do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, ao governo brasileiro não convenceu a bancada do agro no Congresso. Para Alceu, pedir desculpas ao Brasil é insuficiente e expressa apenas a preocupação do grupo com as suas operações no País.
Após o presidente da Câmara, Arthur Lira, considerar “muito fraco” o pedido de perdão, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) exigiu que a empresa faça uma retração pública para toda a União Europeia.
Segundo Alceu Moreira, que é autor do requerimento de comissão externa para avaliar a conduta das operações do Carrefour no Brasil, as declarações de Bompard são “falaciosas, desleais e geram grandes danos para a imagem dos produtores brasileiros no exterior”.
“Ele (Bompard) não é nenhum ingênuo, sabe bem o peso das suas palavras e teve uma intenção muito clara: prejudicar a reputação das exportações brasileiras, que a cada dia tomam o espaço dos produtores franceses dentro do próprio bloco europeu. Não adianta se arrepender depois que doeu no bolso. É claro que eles estão preocupados com os acionistas no Brasil. Deveriam ter pensado nisso antes de pregar protecionismo barato e discriminatório. Nossa produção não é coisa de segunda categoria”, complementa.
Salário mínimo regional será votado terça-feira, dia 3
O projeto de lei do governo do Estado que prevê o reajuste do salário mínimo regional (aumento de 5,25%) será votado na próxima terça-feira, dia 3. A medida vale para a remuneração de categorias que não têm acordos coletivos, trabalhadores informais e alguns funcionários estaduais, como servidores de escolas. A decisão tomada ontem na reunião de lideres, que também definiu que outros 34 projetos do pacote do governo serão votados em dois dias diferentes: 24 propostas no dia 10, e outras 10 no dia 17, a última sessão do ano antes do recesso parlamentar.
Leonardo Lamachia, presidente da OAB-RS: “Dizemos não a qualquer rompimento da Constituição, mas há excessos praticados pelo Supremo Tribunal Federal”
O presidente da seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil, Leonardo Lamachia, comentou ontem que “Nós estamos acompanhando as notícias em nível nacional que dão conta de um plano para um golpe de estado, inclusive de assassinatos, algo que é gravíssimo, que precisa ser investigado, e que se foi efetivamente concluído que estas notícias são verdadeiras, precisamos da punição a esses que buscaram a realização desses crimes”. Sobre esse tema, afirma Lamachia, “A OAB do Rio Grande do Sul diz com toda a clareza Não, a qualquer espécie de rompimento da constituição, golpe ou implantação de uma ditadura”.
“Mas nós também dissemos ao longo desse período e vamos continuar dizendo que há excessos praticados pelo Supremo Tribunal Federal, que esses excessos praticados também atentam contra o estado democrático de direito e contra a democracia em algumas decisões, em especial em um inquérito que não tem fim, e que é presidido por uma pessoa, um ministro que é vítima desta situação toda. Isto não é mais possível que aconteça. Essa situação viola flagrantemente o devido processo legal, e a nossa manifestação da Ordem gaúcha, como foi desde o início em 2022, ela é absolutamente técnica, isenta. Dizer não a qualquer espécie de rompimento da Constituição, mas dizer que também não é normal e aceitável decisões da Suprema Corte que violam o devido processo legal, e violam prerrogativas da advocacia”, afirma.
A eleição do Sindicato Médico do RS: mais ideologia, menos saúde
Na reta final, observa-se que a oposição no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) tem deixado de lado os temas que dizem respeito à representação da categoria e enveredado para questões mais ideológicas e até religiosas, em clara tentativa de desgastar a atual gestão.
Parte dos materiais que circula no WhatsApp dos médicos não contêm assinatura. Outras peças são de autoria do ex-presidente Marcelo Matias. Matias estava na gestão até o fim do ano passado, quando Fernando Uberti foi escolhido por 70% dos diretores do Simers para ser o candidato do grupo nas eleições deste ano. Contrariado, Marcelo migrou para a oposição.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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